Polícia Federal deverá contar com o auxílio de um novo delator nas investigações acerca do suposto pagamento de propina de R$ 10 milhões ao falecido ex-deputado e ex-senador pelo PSDB, Sérgio Guerra (PE), e ao atual líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE); recursos teriam sido empregados para que os parlamentares dificultassem os trabalhos de uma CPI que investigava desvios na Petrobras em 2010; ministro do STF Teori Zavascki autorizou prorrogação das investigações por mais 60 dias
Pernambuco 247 - Agentes da Polícia Federal informaram ao Supremo Tribunal federal (STF) que um novo delator deverá auxiliar nas investigações em torno das declarações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef sobre o pagamento de propina de R$ 10 milhões ao então senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) e ao deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE). Segundo os depoimentos de Costa e Youssef, o dinheiro teria sido entregue a Guerra para barrar a realização de uma CPI sobre casos de desvios e corrupção na estatal em 2010.
Sérgio Guerra, que faleceu no ano passado, era um dos principais nomes do PSDB no Congresso Nacional. Já o deputado Eduardo da Fonte é o líder do PP na Câmara Federal. No despacho datado de 31 de agosto, o delegado da PF Milton Fornazari Junior informou ao ministro relator do inquérito no STF, Teori Zavascki, estar aguardando o final "de tratativas com potencial colaborador", sendo necessária a prorrogação da investigação por um prazo de 60 dias. A procuradoria Geral da República concordou com o pedido e a autorização do STF foi concedida no último 3.
Em seu depoimento à Justiça, Costa contou ter sido abordado por Guerra e Fonte para que pagasse R$ 10 milhões para que eles dificultassem os trabalhos da CPI no Congresso. O pagamento teria sido viabilizado pela empreiteira, que na ocasião trabalhava nas obras de implantação da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Eduardo da Fonte nega as acusações e a construtora Queiroz Galvão também nega as irregularidades

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