terça-feira, 16 de janeiro de 2018

TSE discute como evitar notícias falsas nas eleições


Uma das preocupações para as eleições de outubro deste ano, as chamadas notícias falsas, em inglês fake news, voltam a ser discutidas nesta segunda-feira (15) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo da Corte é tentar acabar com as informações mentirosas que são atribuídas a algum candidato para favorecer adversários durante a campanha eleitoral.

Na opinião do vice-presidente do Conselho Comercial Social do Congresso, Marcelo Cordeiro, a principal dificuldade para se combater as fake news é identificar os autores que não fazem parte do ambiente jornalístico.

“O mundo hoje está muito amplo no aspecto da informação. Então, nós temos veículos nacionais, veículos internacionais, e o que a gente vai fazer para impedir a notícia falsa? Nós vamos punir no âmbito de Brasil e vamos deixar o resto vir? As empresas de jornalismo, as televisões, as rádios têm CNPJ, qualquer um que se sentir incomodado com uma notícia que saiu a seu respeito, vai à Justiça e cobra dessa empresa. O problema é aquela que não é uma empresa jornalística e não sabe a quem vai reclamar o fake news”.

A diretora-executiva da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e representante de Empresas da Imprensa Escrita, Maria Célia Furtado, avalia que cabe ao eleitor estar atento às informações que receber.

“A educação das pessoas no sentido de checar a informação, de saber de onde a informação vem, qual é o URL daquela informação, se ela tem cara de notícia falsa, procurar outras fontes da mesma informação para comprovar a informação, se ela é real, se ela é verídica, então eu acho que há meios de se combater”.

O TSE estuda formas de punir quem publicar ou compartilhar notícias falsas nas redes sociais, uma delas prevê a retirada do conteúdo do ar. Segundo o ministro Luiz Fux, que assumirá a presidência da Corte no mês que vem, a Justiça Eleitoral também analisará perfis falsos e quer usar medidas preventivas para combater empresas que já preparam estratégias de divulgação de fake news.

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