quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Mato Grosso deverá ser o primeiro estado do Centro-Oeste a receber o Internet para Todos

Ministro Gilberto Kassab apresentou o Internet para Todos a 40 prefeitos de Mato Grosso. Foto: Ascom/MCTIC

Mato Grosso deve ser o primeiro estado do Centro-Oeste a receber o programa Internet para Todos, segundo o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab. Nesta terça-feira (19), ele apresentou a iniciativa a 40 prefeitos do estado, em Cuiabá, onde entregou dois outros projetos de inclusão social e anunciou a criação de cargos para o Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal (INPP), unidade de pesquisa vinculada ao MCTIC.

“O que trazemos aqui para Mato Grosso é a oportunidade de que todos tenham acesso ao conhecimento”, disse o ministro. “Quando começar, em janeiro, esse será um dos maiores programas de inclusão social do país. Eu sempre cito comunidades onde as pessoas passam a sua infância morando em residências e estudando em escolas sem conectividade. Essas crianças estarão condenadas ao longo da sua vida a estar sempre abaixo das outras. A internet hoje é entretenimento, cultura, saúde, educação, pesquisa, segurança”, completou.

Kassab sugeriu aos prefeitos que identifiquem localidades desconectadas e entrem em contato com o MCTIC. “Vocês podem acionar imediatamente o ministério, que em pouco tempo deve chegar para colocar as antenas que proporcionarão essa conectividade, de forma gratuita para as prefeituras e a um custo para o usuário final bem abaixo da tarifa normal das operadoras”, afirmou.

O governador de Mato Grosso, Pedro Taques, classificou o programa como uma revolução de conhecimento. “A internet é um direito fundamental do cidadão”, ressaltou, ao citar o artigo 6º da Constituição Federal, que define como direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o transporte, o lazer e a segurança. “Não há como nós vivermos hoje sem internet. Ela significa igualdade, porque o cidadão sem acesso à informação é deixado para trás.”

A conexão do programa Internet para Todos será feita por meio do SGDC, em órbita desde maio deste ano, e pelo programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), que oferece gratuitamente conectividade de banda larga, por via terrestre e satelital, a telecentros, escolas, hospitais e postos de saúde, aldeias indígenas, postos de fronteira e quilombos.

O ministro lembrou que a capacidade do SGDC servirá, ainda, a convênios com os ministérios da Defesa, para monitorar 100% das fronteiras brasileiras; da Educação, para levar internet a escolas públicas federais, estaduais e municipais – 7 mil delas já em 2018 –; e da Saúde, com o qual existe um acordo para conectar mil equipamentos em comunidades indígenas.

Conexão no campo

O ministro também destacou a liderança mato-grossense no agronegócio, a ser beneficiado com aplicações de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês). Com o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), será possível levar conexão à rede mundial de computadores às áreas produtoras.

“O SGDC tem uma vida útil de 18 anos e uma capacidade imensa de povoar o Brasil com banda larga”, observou Kassab.

Inclusão digital

Antes da solenidade, Kassab entregou a 40 municípios 400 equipamentos doados pelo Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC) de Valparaíso (GO), conveniado com o MCTIC. Ao lado de Taques, ele inaugurou uma carreta do Circuito Itinerante da Ciência de Mato Grosso, ação de inclusão digital e popularização da ciência desenvolvida pelo governo estadual e viabilizada pelo ministério, via emendas parlamentares. A unidade móvel deve percorrer 19 cidades com experimentos em biologia, física, informática, matemática e química.

“Vocês imaginem o que significa isso para uma comunidade que tem dificuldade de acesso ao conhecimento”, comentou o ministro.

Segundo Kassab, a estrutura de cargos do INPP deve ser publicada no Diário Oficial da União ainda neste ano. O Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal existe desde setembro de 2013, então como uma base avançada do Museu Paraense Emílio Goeldi. A instituição se tornou unidade de pesquisa do MCTIC em fevereiro de 2015, por meio de lei, e se localiza atualmente dentro do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá.

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