sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Cooperação com a Espanha pode impulsionar competitividade econômica do Brasil, diz ministro


O ministro Gilberto Kassab participou da reunião ao lado do o secretário-geral para Ciência e Inovação do Ministério da Economia, Indústria e Competitividade (Mineco), Juan María Vásquez. Foto: Ascom/MCTIC

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou nesta quinta-feira (23) que a parceria entre o Brasil e a Espanha pode potencializar ações em ciência, tecnologia e inovação para impulsionar a competitividade das economias. “Brasil e Espanha são dois países que têm o maior interesse em aprofundar a cooperação em todos os campos: cultural, econômico, tecnológico, e a visita de vocês é um passo a mais na consolidação desse objetivo”, disse Kassab na abertura da 1ª Reunião do Comitê Conjunto Brasil–Espanha de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília.

Ele destacou os resultados obtidos entre as nações e defendeu que novos objetivos conjuntos sejam traçados. “Esse encontro vai consolidar as nossas ações, servir de incentivo para que uma série de diretrizes possa ser consolidada. Na era da internacionalização da informação na cadeia global de valores baseada no conhecimento e inovação, temos que buscar essas parcerias para potencializar os governos com competitividade na economia. Assim tornou-se imperativo ao Brasil atrair e compartilhar conhecimento, capital humano, incitativas empresariais para alavancar oportunidades de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação.”

Já o secretário-geral para Ciência e Inovação do Ministério da Economia, Indústria e Competitividade (Mineco), Juan María Vásquez, ressaltou o avanço da cooperação, especialmente, no setor de energia. “Teremos ainda grandes oportunidades à frente, mas o mais importante agora é que tenhamos projetos claros e bem definidos, tendo a inovação como motor de desenvolvimento e sustentabilidade econômica e social. Eu creio que começamos uma nova etapa da nossa cooperação nos campos da ciência, tecnologia e inovação”, avaliou.

Durante a reunião, as comissões dos dois países apresentaram projetos em andamento e discutiram os próximos passos da cooperação, mapeando oportunidades nas áreas identificadas na declaração conjunta assinada em abril de 2017 pelos presidentes Michel Temer e Mariano Rajoy: indústria 4.0, cidades inteligentes, nanotecnologia, energias renováveis, biotecnologia, tecnologia aeroespacial e tecnologias aplicadas à saúde.

“Os dois países já têm uma grande aproximação política e empresarial e interação em ciência e tecnologia. O objetivo dessa reunião é potencializar essa interação. Surgiram muitas ideias, e agora o nosso desafio é transformar essas ideias em ações. A metodologia adotada foi criar grupos de trabalho conjuntos com a presença de brasileiros e espanhóis, especialmente, em áreas como nanociência, oceanos, energia e indústria 4.0. O trabalho desses grupos irá permitir explorar essa cooperação”, explicou o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Jailson de Andrade.

Para o embaixador da Espanha no Brasil, Fernando Villalonga, a parceria entre as duas nações é estratégica. “Vem sendo construída ao longo de muitos anos. A Espanha é o terceiro país investidor no Brasil, em setores estratégicos, como telecomunicações, energias renováveis e bancos. Estamos nas engenharias e rodovias e setores tecnológicos estratégicos muitos importantes para ambos os países. A relação entre Brasil e Espanha é muito sólida, mas ainda há áreas com potencialidades não exploradas”, afirmou.

De acordo com o diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores, Benedicto Fonseca Filho, alguns números, como o de publicações conjuntas, comprovam o sucesso das relações bilaterais. “Nossa cooperação já é relevante, e concluo que, em razão do impulso político, poderemos conferir sinergia para que as ações em conjunto continuem a pleno vapor. Atualmente, são 2 mil documentos publicados em conjunto. Esse dado representa um crescimento de 200% em relação a 2005 e 2009.”

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