A Prefeitura do Recife lançou, nesta quarta-feira (26), o programa Casa Sem Barreiras, iniciativa voltada a ampliar a acessibilidade em residências onde vivem pessoas usuárias de cadeiras de rodas, promovendo mais autonomia, segurança e qualidade de vida. As intervenções incluem adaptação de sanitários, alargamento de portas, instalação de barras de apoio e outras melhorias. Ao todo, 50 casas serão beneficiadas na primeira fase do projeto.
“O Recife passa a contar com um programa dedicado à melhoria habitacional para garantir acessibilidade dentro das casas de pessoas usuárias de cadeira de rodas e em situação de baixa renda. É uma ação semelhante ao Parceria, mas agora atuamos diretamente no interior das residências, com a mão de obra custeada pela Prefeitura”, explicou o prefeito João Campos. “Com a parceria da Ferreira Costa, conseguimos iniciar imediatamente a entrega dos materiais enquanto concluímos a licitação. Começamos com 50 casas, mas a expectativa é avançar para 100 beneficiadas”, completou.
As obras serão executadas pela Secretaria de Ordem Pública e Segurança (Seops), por meio da Secretaria Executiva de Defesa Civil (Sedec), que fornecerá projeto, materiais e mão de obra. “O Casa Sem Barreiras é mais um programa da Prefeitura do Recife que melhora a qualidade de vida das pessoas em situação de vulnerabilidade. A iniciativa se soma a outras já realizadas pela Defesa Civil e vai permitir que os beneficiados e suas famílias tenham seu cotidiano facilitado”, afirmou o secretário da Seops, Alexandre Rebêlo.
A Defesa Civil do Recife conta com equipes especializadas na realização de obras emergenciais e pequenas intervenções estruturais em imóveis vulneráveis, o que garante mais eficiência, agilidade e capacidade de resposta. “O objetivo é promover inclusão e independência para moradores que utilizam cadeira de rodas, implantando padrões adequados de acessibilidade”, afirmou o secretário executivo de Defesa Civil, coronel Cássio Sinomar.
A primeira residência a ser reformada fica na Rua Portelândia, nº 26, Alto do Refúgio. Lá, residem Oliver Henrique, de 11 anos, e seus pais, Stênio Henrique, de 33 anos, e Ana Paula, de 34. O local, que já havia recebido uma melhoria de acesso pelo Programa Parceria, ganhará um banheiro mais acessível, com barras de apoio horizontais e verticais.
“Antes era bastante precário, tudo de barro, mas agora está bem melhor. Ele pode pegar a cadeira e se locomover, mas ainda com dificuldade em alguns pontos. No banheiro, por exemplo, eu precisava carregá-lo no braço”, contou Stênio. “Eu jamais imaginei que um dia poderia oferecer isso a ele. Trabalho na construção civil, mas o salário é muito apertado. Comprava alguns materiais, mas sempre faltava algum. Estava sempre procurando o melhor para a minha família”, disse o pai, que é carpinteiro.
Os critérios de seleção dos beneficiários seguem a legislação municipal e federal. Além do critério de pessoas usuárias de cadeiras de rodas, serão priorizadas famílias inscritas no CadÚnico, com idosos, maior precariedade habitacional, maior número de moradores e lares chefiados por mulheres. Esses fatores permitem que o programa chegue primeiro às residências em maior situação de vulnerabilidade e nas quais as intervenções terão impacto social mais significativo.

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