A Polícia Federal (PF) indiciou na última quarta-feira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por coação no curso do processo e abolição violenta ao Estado Democrático de Direito. A investigação os dois atuaram para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) em meio ao julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado com o objetivo de livrá-lo. Somando os dois tipos penais, a pena pode chegar a 12 anos.
De acordo com a polícia, trocas de mensagens evidenciam que houve uma "ação consciente e voluntária junto a autoridades norte-americanas para obter medidas contra o Estado brasileiro com a finalidade de coagir autoridades brasileiras, em especial ministros do Supremo Tribunal Federal que atuam nas ações penais que apuram a tentativa de golpe de Estado e Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito".
Eduardo Bolsonaro está morando nos Estados Unidos e tem se articulado junto ao governo norte-americano com o objetivo de apontar que o ex-presidente é alvo de uma perseguição política e pressionar as autoridades brasileiras.
O presidente Donald Trump chegou a aplicar um "tarifaço" contra produtos brasileiros, usando dentre as justificativas o processo que tramita no Supremo contra Bolsonaro. Ele também aplicou sanções contra ministros da Corte, incluindo a sanção de Moraes pela lei Magnitsky, utilizada para punir estrangeiros, como terroristas.
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