No último dia 12 de agosto, o perito Sílvio Venturini Neto foi oficialmente nomeado para conduzir a perícia na ação de produção de provas que investiga as circunstâncias da tragédia.
Neste 13 de agosto de 2025, completam-se 11 anos da morte do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, vítima de um acidente aéreo em Santos (SP) durante a campanha eleitoral de 2014.
No último dia 12 de agosto, o perito Sílvio Venturini Neto foi oficialmente nomeado para conduzir a perícia na ação de produção de provas que investiga as circunstâncias da tragédia. O processo tramita na 4ª Vara Federal de Santos e é movido pela mãe de Eduardo, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes, e por seu irmão, o advogado e escritor Antônio Campos.
A ação já obteve decisões significativas. A fabricante do avião, sediada nos Estados Unidos, foi citada no processo. A União Federal chegou a recorrer ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, defendendo que o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) deveria ser a última palavra sobre o caso. O recurso foi negado, e o Tribunal manteve o prosseguimento da perícia judicial, decisão considerada um leading case, ou seja, um precedente pioneiro e relevante no Brasil para investigações de acidentes aéreos.
No sistema jurídico brasileiro, a perícia judicial em uma ação de produção de provas tem peso técnico superior aos relatórios do Cenipa e da Polícia Federal. Isso significa que o laudo a ser elaborado por Venturini Neto poderá trazer novos elementos e, possivelmente, um desfecho diferente para o caso.
Os autores da ação já apresentaram seus quesitos técnicos dentro do prazo legal e anexaram um parecer detalhado, com 80 páginas, para fundamentar a perícia. Antônio Campos reforça que, junto com a mãe, Ana Arraes, busca esclarecer a verdade sobre a tragédia:
“Não desistiremos de Eduardo Campos, não aceitamos a versão oficial e estaremos reunindo, na produção de provas, lugar próprio, os elementos e questões técnicas que demonstrarão um acidente provocado, um homicídio disfarçado em acidente aéreo." pontuou Antônio Campos.
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