segunda-feira, 21 de julho de 2025

Morte de Preta Gil repercute na imprensa internacional "Marcada por irreverência e afeto"

A morte da cantora e empresária Preta Gil repercutiu não só entre veículos de imprensa brasileiros, mas também na mídia internacional. A artista faleceu neste domingo, aos 50 anos, em decorrência de um câncer, nos Estados Unidos, onde tentava um tratamento experimental. A família trata dos trâmites burocráticos para repatriar o corpo para o Brasil.


Veículos da imprensa estrangeira, como o SIC Notícias, o Jornal de Notícias, o Correio da Manhã, o Expresso e o Público, todos de Portugal, informaram a morte da brasileira, detalharam o tratamento de anos contra a doença e ressaltaram a carreira dela nas artes e nos negócios e o elo da artista com o pai, Gilberto Gil, descrito como "lenda da música".


O SIC Notícias escreveu que a artista foi diagnosticada em 2023 e que, desde então, passou por cirurgias, quimioterapia e radioterapia. Ela chegou a entrar em remissão, mas outros tumores foram localizados tempos depois. O veículo português destacou, ainda, que Preta foi uma artista "de sucesso" e "um símbolo da luta contra o racismo e pelos direitos das mulher e da comunidade LGBT+".

"Desenvolveu uma carreira artística de sucesso, que começou em 2003 com o álbum 'Prêt-à-porter', lançado quando o pai era ministro da Cultura, na primeira presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. Foi apresentadora de televisão e participou em várias telenovelas, mantendo ainda uma animado bloco de carnaval conhecido como 'Bloco da Preta'", diz a reportagem.


O Jornal de Notícias, também de Portugal, escreveu que Preta trilhou um caminho "entre o amor, a dor a coragem" e foi um "ícone da diversidade", com uma carreira "marcada por autenticidade, irreverência e afeto". O diário ressaltou que a cantora, além de filha de Gil, era sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa, outros expoentes da música brasileira.


"Mas traçou o seu próprio percurso — com ousadia, talento e uma presença luminosa que conquistou o público dentro e fora dos palcos", ponderou o jornal, que citou o início da vida profissional dela como publicitária e produtora até o lançamento do primeiro álbum. "A capa, em que aparecia nua, gerou polêmica e provocou uma onda de críticas conservadoras, que ela enfrentou de forma franca e determinada".


O El País, do Uruguai, destacou que Preta gravou quatro álbuns entre 2003 e 2017, atuou em diversas novelas e apresentou programas de televisão no Brasil. Além disso, apontou o diário, ela também fundou uma agência de talentos chamada Mynd em 2017.


A morte da brasileira também foi destaque em jornais e portais como El Mundo, da Espanha, e até na mídia esportiva, no português A Bola e no espanhol Marca, que destacaram as notas de pesar de times brasileiros, como Flamengo e Botafogo.

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