sábado, 6 de janeiro de 2024

Invasão do Senado no 8/1 teve ligação apressada para autoridades e voz de prisão no plenário

Os momentos de tensão durante a invasão do Congresso Nacional em 8 de janeiro tiveram conversas por telefone em meio a bombas de gás lacrimogêneo, ligações frustradas para a cúpula do Governo do Distrito Federal e voz de prisão no plenário do Senado.

Mesmo avisado minutos antes de que o Senado tinha sido invadido, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), só entendeu a dimensão do que estava acontecendo quando recebeu uma ligação direto do Salão Azul.

“Eu liguei e falei: presidente, invadiram o Senado”, conta o diretor-adjunto da Polícia Legislativa, Gilvan Xavier, que estava do outro lado da linha. “Eles estão quebrando tudo. Ele falou: Gilvan, toma conta do seu efetivo, cuidado. E faça o que você puder.”

O barulho de bombas e vidros estilhaçados também marcou a conversa entre Gilvan e o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

“Eu me recordo muito vivamente do desespero de Gilvan porque ele desligou o telefone gritando: senador… Depois ouvi um barulho ensurdecedor”, disse o senador à Folha.

Os sinais de que alguma coisa poderia sair de ordem vinham desde a véspera. Pacheco, que estava de férias na França, chegou a mandar uma mensagem para o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), diante da ameaça de invasão ao Congresso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário