Os sexagenários, pessoas que possuem entre 60 e 69 anos, já vivenciam um envelhecimento diferente de seus pais e avós. A expectativa é de que, em um mundo cada vez mais tecnológico, com mais acesso a serviços, informação e novos hábitos de saúde, a atual juventude dite um novo espírito de sociedade e transforme, no futuro, o que hoje conhecemos como velhice.
A previsão é do médico e gerontólogo Alexandre Kalache, de 77 anos, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil e ex-diretor do Departamento de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco.
"Somos um país onde há mais smartphones que população. Estudos feitos pela Comissão Europeia mostram que o jovem que tem 15 anos estará trabalhando daqui a 10 anos numa ocupação que ainda não foi criada. Sessenta por cento desses jovens estarão trabalhando em ocupações que ainda não existem, por conta da tecnologia", afirma Kalache.
Com a juventude mais conectada, é possível prospectar uma futura era de “idosos digitais” - população com mais acesso à informação e conhecimento oferecidos por diferentes plataformas.
"Estamos com uma expectativa de vida de um bebê que nasça hoje no Brasil de um pouco mais de 77 anos. Em 1950, a expectativa de vida não passava dos 50. Nós ganhamos mais de 25, 30 anos. É uma conquista social fantástica, a maior conquista social dos últimos 100 anos", celebra o gerontólogo.
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