Empregados da Caixa Econômica Federal têm questionado a decisão da presidência de manter em cargos de chefia pessoas que trabalharam com Pedro Guimarães e Daniella Marques, que comandaram o banco durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em grupos de mensagens, funcionários da instituição financeira resgatam vídeos e fotos de executivos com membros da gestão Bolsonaro e reclamam que, enquanto algumas pessoas foram perseguidas por terem sido tachadas de petistas, nomes de Guimarães e Marques continuam no atual governo.
Nos últimos dias, um dos alvos foi o vice-presidente de Agente Operador, Edilson Carrogi Ribeiro Vianna.
Ele aparece em um vídeo tirando uma selfie com Bolsonaro enquanto um grupo de funcionários da Caixa cercava o ex-presidente com gritos de “mito”. Na gravação, também é possível ver que Guimarães assistia à cena.
Vianna tomou posse como diretor-executivo da empresa no início da gestão Bolsonaro, em 2019, e é vice-presidente de Agente Operador desde abril do ano passado -primeiro como interino e, desde junho, como efetivo. A área é uma das mais cobiçadas do banco porque controla o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Pessoas próximas à presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, afirmam que o resgate de imagens antigas é reflexo da disputa interna por cargos. À reportagem, Serrano afirmou que não vai repetir a “prática de perseguição” do “presidente anterior”, e disse que “todos os executivos estão sob avaliação”.
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