Uma das carreiras mais vitoriosas do ciclismo brasileiro quase vai parar no lixo. Sem espaço para armazenar dezenas de troféus e centenas de medalhas acumuladas em quase duas décadas no esporte, o ciclista Rodrigo de Mello Brito, o Morcegão, só tinha uma opção: jogar todos os seus títulos na lixeira.
Seria um triste final para medalhas importantes como a que recebeu em 2002, nas Olimpíadas de Cuba, organizadas pelo próprio Fidel Castro. Outro importante reconhecimento que seria reciclado é a medalha de honra ao mérito entregue pelo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, em cerimônia no Palácio do Planalto, em 2003, para os atletas que participaram dos Jogos Panamericanos de Santo Domingo, na República Dominicana, naquele mesmo ano.
Graças à intervenção de um grupo de companheiros do pedal, no entanto, todo o acervo foi salvo e agora está seguro em um galpão em Vicente Pires. Eles sabiam que aquelas conquistas não representavam apenas o esforço individual do colega em intermináveis e desgastantes horas de treinamento. Faziam parte também da história do ciclismo brasileiro. “Muitos não sabem a dimensão do alcance da carreira do Rodrigo no ciclismo. Por isso, decidi expor as conquistas dele e compartilhar com todo mundo”, afirma o empresário e amigo Jefferson Fernandes. Foi dele a ideia de recolher todo o material e guardá-lo em seu estabelecimento.
Os amigos ainda fizeram uma bela homenagem ao multicampeão na última terça-feira (4/4). Catalogaram todo o material e construíram uma pequena galeria para expor os troféus e medalhas. Eles se reuniram em segredo e organizaram uma festa surpresa para inaugurar o espaço.
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