domingo, 23 de maio de 2021

De volta a uma das minhas paixões



Aos poucos, Brasília está superando a fase mais difícil da pandemia. Quando a cidade esteve em lockdown, com fechamento do seu comércio às 20 horas, resolvi dar um hiato na minha rotina de trabalho com viagens semanais. Até os restaurantes ficaram fechados, o Congresso com restrições, funcionando praticamente por videoconferências. Não tinha razão de estar por lá.

Amanhã, estou de volta ao meu aconchego, como diz a canção de Nando Cordel. Brasília é minha universidade da vida profissional. Foi amor à primeira vista, como num grande romance. Sou apaixonado pelo seu traçado de avião. Morei nas duas asas, a Norte e a Sul. Fiz depois da Octogonal e Sudoeste meus novos cartões postais. 

Morei também no Lago e em flats no Setor Hoteleiro. Sou candango de alma fervorosa, espírito e alma embriagados pelo cheiro do cerrado, amante das noites frias do Planalto Central. Lúcio Costa, que a projetou, dizia que o céu aberto, de infinitas estrelas, é o mar de Brasília.

Brasília e seus canteiros de flores, curvas e arcos. De ipês que lembram as crônicas de Rubem Alves, da beleza de sua amplidão. Nos olhos mais sensíveis, Brasília é desejo, pura inspiração, ardente no verão, de sol que vira canção. Belchior tinha razão: as velas do Mucuripe vão bater no Planalto Central. Com seu horizonte infinito, Brasília é a única cidade que se brinca com as estrelas, que se desenha em suas nuvens.

Se você nunca conheceu Brasília, está na hora de conhecê-la! Toda a capital foi inspirada num avião e a localização de cada uma das ruas e dos trechos da capital é feita por meio de asas. 

Brasília, como disse JK, é a manifestação inequívoca de fé na capacidade realizadora dos brasileiros, triunfo de espírito pioneiro, prova de confiança na grandeza deste País, ruptura completa com a rotina e o compromisso. (Do Blog do Magno)

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