quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Alta segurança e garantia de sigilo do voto são premissas para o sistema Votus



Sistema que será utilizado pela primeira vez na formação da lista tríplice para o cargo de Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco para o biênio 2021-2023 traz uma série de ferramentas de segurança.  Ele foi desenvolvido por técnicos do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), sendo considerado o mais moderno do Brasil, entre os sistemas eleitorais utilizados pelos Ministérios Públicos. Chegando ao MPPE por meio de convênio firmado pelo procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros.

"O sistema possui uma série de dispositivos de segurança que tornam ele o melhor existente hoje. Nem mesmo a própria área de tecnologia da informação do parquet possui acesso, por exemplo, à senha mestra, que fica de posse da comissão eleitoral. Desta forma qualquer alteração, inserção ou extração da eleição precisa, necessariamente, da autorização da Comissão Eleitoral", disse Roseane Falcão que é chefe da seção de projetos de tecnologia do MPDFT.

“Com o Votus, os membros não precisam mais se deslocar de suas unidades ou até mesmo de suas residências. Além disso, a apuração acontece em poucos minutos após o encerramento da votação. Dentro da modelagem do sistema não existe ligação entre quem votou e o voto, de forma que não é possível descobrir quem votou em quem, uma verdadeira inviolabilidade do sistema”, disse Roseane. O MPPE vai realizar a eleição por meio do sistema Votus, para compor a lista tríplice na disputa ao cargo de procurador-geral de Justiça no próximo 4 de janeiro.

Além de não ser possível realizar o rastreamento do voto, o sistema impede que, por exemplo, uma eleição se inicie com a existência de votos computados na base de dados, automaticamente ele faz todo um backup, o que permite a realização de auditorias. "Todo o tráfico de dados é feito por meio de uma rede segura, o que impede, por exemplo, a invasão de hackers ou usuários intrusos. Essa rede é criptografada sendo impossível acessar aos dados", reforçou Roseane. Ainda segundo ela, cada um dos votantes, ao finalizar seu voto, recebe um "hash", que é um código que certifica a realização do seu voto. "Caso alguém diga que o seu voto não foi computado, basta ele informar o hash que recebeu ao final da votação para testarmos a vinculação ao resultado", disse.

Para a realização da eleição, a Comissão Eleitoral dá o start no processo, mas o sistema encerra automaticamente. “Caso seja necessário realizar prorrogações, elas precisam ser feitas enquanto a eleição estiver vigente. Após o encerramento, não é possível fazer mais nada. O sistema trava, sendo acessível somente pela Comissão”, finalizou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário