segunda-feira, 12 de novembro de 2018

MORO AFIRMA QUE VAI INVESTIGAR MINISTROS DO PRÓPRIO GOVERNO


Em entrevista ao Fantástico, o futuro ministro da justiça de Bolsonaro, Sérgio Moro, desqualificou, mais uma vez, as declarações de especialistas do mundo todo de que Lula é um preso político; para Moro, tais afirmações não passam de 'fantasia'; Moro ainda se disse a favor da redução da maioridade penal e deu mostras de que agirá como um 'corregedor' dentro do próprio governo; sobre denúncias de corrupção a ministros, ele diz: "é possível analisar desde logo a robustez das provas e emitir um juízo de valor. Não é preciso esperar as Cortes de justiça proferirem o julgamento"

247 - Em entrevista ao Fantástico, o futuro ministro da justiça de Bolsonaro, Sérgio Moro, desqualificou, mais uma vez, as declarações de especialistas do mundo todo de que Lula é um preso político. Para Moro, tais afirmações não passam de 'fantasia'. Moro ainda se disse a favor da redução da maioridade penal e deu mostras de que agirá como um 'corregedor' dentro do próprio governo. Sobre denúncias de corrupção a ministros, ele diz: "é possível analisar desde logo a robustez das provas e emitir um juízo de valor. Não é preciso esperar as Cortes de justiça proferirem o julgamento".

A reportagem do portal G1 destaca trechos da entrevista de Moro concedida ao programa Fantástico da rede Globo de Televisão. Sobre as condições que lhe são impostas para assumir o ministério, ele diz: "ou algum outro conselheiro. O que me foi assegurado, e é uma condição, não é bem uma condição, não fui estabelecer condições. Mas eu não assumiria um papel de ministro da Justiça com risco de comprometer a minha biografia, o meu histórico".

Sobre seu aceite para o ministério, Moro afirma: "o grande motivador dessa aceitação do convite foi a oportunidade de ir a Brasília numa posição de poder elevada de ministro da Justiça e poder implementar com essa posição uma agenda anticorrupção e uma agenda anticrime organizado que não se encontram ao alcance de um juiz de Curitiba, mas podem estar no alcance de um ministro em Brasília", contou Moro.

A respeito da declaração do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal)  de que a transferência do magistrado para o primeiro escalão "comprometeria a separação e independência dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário", ele diz: "tenho grande respeito pelo ex-ministro Ayres Britto. Eu acho que a avaliação dele, nesse caso, está equivocada. Existe essa fantasia de que o ex-presidente [Lula], que foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, teria sido excluído arbitrariamente das eleições por conta do processo criminal. Mas o fato que ele tá condenado e preso porque cometeu um crime". 

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