sábado, 9 de dezembro de 2017

Cerca de 40% dos presos no Brasil ainda não foram julgados, aponta Ministério da Justiça


Mais de 726 mil pessoas estavam privadas de liberdade durante 2015 e o primeiro semestre de 2016, segundo dados do último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Ministério da Justiça. O número coloca o Brasil na terceira posição entre os países com maior população carcerária no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.

A pesquisa ainda revela que de toda a população carcerária, 40% é formada por presos provisórios, que ainda não foram julgados. O tráfico de drogas é o principal motivo para o encarceramento, sendo responsável por 28% de todas as prisões.

O estudo também avalia as condições de infraestrutura das unidades prisionais e revela que 78% delas comportam mais internos do que poderia e que 89% dos presos estão em locais que sofrem com o déficit de vagas. Com relação ao perfil dos presos, 5,8% das mais de 726 mil pessoas presas são mulheres, quase 46 mil ao todo.

No quesito idade, 55% de todos os presos têm entre 18 e 29 anos. Os estados do Acre, Amazonas e Tocantins são os que apresentam a maior quantidade de presos com menos de 25 anos de idade, com taxas de 45%, 40% e 39%, respectivamente. Com relação à cor de pele, 64% das pessoas presas são negras e 35% são brancas.

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