quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Humberto aprova MP que libera recursos ao Rio, mas reclama de falta de apoio ao Nordeste

Os senadores aprovaram, na noite dessa terça-feira (4), com o apoio do líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), a Medida Provisória que abre crédito extraordinário de R$ 2,9 bilhões para cobrir as despesas do Estado do Rio de Janeiro com segurança pública decorrentes da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A proposta segue, agora, para sanção presidencial.   

Humberto ressaltou, no entanto, durante a votação da matéria no plenário, que o governo federal também tem de dar prioridade aos estados do Nordeste e do Norte para fazer com que essas regiões tenham igualdade de condições para se desenvolver econômica e socialmente. Segundo ele, o presidente não-eleito Michel Temer (PMDB) ignora e trata de forma preconceituosa o Nordeste.  

“Não temos nada contra o Rio de Janeiro. A ajuda da União é necessária, pois houve queda de arrecadação em agosto e setembro em meio ao maior evento esportivo do mundo. Mas é preciso que governo que está aí olhe para o Nordeste. Se observarmos o recente plano de investimentos lançado pelo governo, que envolve obras importantes que buscam parcerias público privadas, o Nordeste é completamente desconsiderado”, afirmou. 

O senador citou o caso de Pernambuco, que não é contemplado com nenhum empreendimento, ao contrário da prioridade alcançada no governo Dilma por meio do Programa de Investimento em Logística. “Lá, tínhamos diversas obras, como a duplicação das BRs 232 e 101, a construção do Arco Metropolitano e de terminas no Porto de Suape”, lembrou.

Para Humberto, os governadores do Nordeste só querem apoio da União, sem atrapalhar as demais unidades da federação. "Votamos a favor dessa Medida Provisória, mas não estamos nem um pouco satisfeitos com o tratamento que está sendo dado ao Nordeste e ao Norte”, disse.

O parlamentar se reuniu hoje com governadores do Nordeste para tentar encontrar formas de auxiliar financeiramente as unidades da federação da região. Eles conversaram sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto dos gastos públicos, precatórios e sobre isenções fiscais.

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