O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta segunda-feira (4) a diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, em uma reunião no Palácio do Planalto.
O mandatário disse após o encontro que discutiu com a dirigente a reforma da instituição, para aumentar a representatividade dentro do órgão, e também formas de reduzir a pobreza no mundo.
“Boa conversa com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, sobre desenvolvimento com inclusão social e a retomada da redução da pobreza no mundo. Também falamos da necessária reforma do FMI, para termos um Fundo Monetário Internacional mais representativo do mundo atual e capaz de ajudar os países que precisam recorrer ao FMI em melhores condições”, escreveu o presidente brasileiro, em uma rede social.
Também participaram do encontro o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff.
Haddad afirmou apenas que o encontro foi “basicamente sobre financiamento internacional, sobre o apoio do Brasil à FMI, sobre alinhamento de cotas, esse tipo de coisa”.
Durante boa parte do ano, o presidente Lula disse que queria encontrar com Georgieva para cobrar as projeções incorretas do FMI sobre o crescimento da economia brasileira.
Em entrevista em dezembro, Lula afirmou sua vontade de se reunir com a diretora-geral do FMI, durante a realização da COP 28, para mostrar que as previsões do órgão estavam erradas.
O PIB (Produto Interno Bruto), divulgado na sexta-feira (1º) mostrou que a economia brasileira cresceu 2,9% em 2023. As previsões iniciais do FMI, no início do ano passado, indicavam uma alta de menos de 1%, mas as revisões ao longo dos meses foram aumentando gradativamente esse porcentual.
Após o encontro, Kristalina Georgieva não deu entrevista, mas saiu fazendo coraçãozinho com as mãos para os jornalistas.
Lula recebeu na sequência o presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, o chinês Jin Liqun. O dirigente afirmou que a instituição pretende aumentar os recursos investidos no Brasil, mas que agora aguarda “bons projetos”.
Também afirmou que atualmente a participação do banco é apenas em três projetos, que totalizam US$ 350 milhões. Ele disse ainda que uma das preferências do banco é com projetos ligados à “conexão com o Ocidente”, em referência a projetos de infraestrutura que liguem o Brasil ao oceano Pacifico.
“Esta é uma oportunidade maravilhosa para entender melhor a agenda de desenvolvimento econômico do governo, e prometemos realizar projetos amplamente definidos como infraestrutura, estradas, ferrovias, aeroportos, portos marítimos, energias renováveis, transmissão e tudo o que for importante para o país”, afirmou o chinês.
“Quanto ao financiamento, já dissemos que o Brasil é um dos membros mais importantes e de destaque da Ásia e estamos prontos para fornecer uma grande quantidade de recursos para o seu país. Até agora, estamos adequadamente capitalizados e não temos restrições de capital. Desde que tenhamos bons projetos, forneceremos financiamento. Queremos projetos de grande porte”, completou.
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