A polarização gerada pelas duas últimas eleições nacionais, onde PT e o Bolsonarismo protagonizaram as disputas voto a voto, promete reverberar em alguns municípios do nosso estado, e em alguns deles, os agentes políticos já preparam seus discursos, baseados nas pautas nacionais, seja em apoio ao presidente Lula, ou a favor do que prega o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em Santa Cruz do Capibaribe, única cidade de Pernambuco onde Bolsonaro venceu os quatro turnos de eleições presidenciais, o PL terá este ano sua representante na disputa eleitoral. A escolhida é a ex-deputada Alessandra Vieira, esposa do deputado estadual Edson Vieira. Ela foi recentemente escolhida e apoiada pela direção estadual do partido e recentemente esteve em Brasília ao lado do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto e da ex-primeira dama Michele Bolsonaro.
Em entrevista ao programa ‘Cidade em Foco’, da Rede Pernambuco de Rádios e ao blog, o deputado estadual Abimael Santos falou sobre a pré-candidatura de Alessandra em Santa Cruz. Segundo ele, o projeto dela é um projeto do PL, que passou por uma ampla avaliação e que conta com o apoio de todos que fazem o PL em Pernambuco e também na seara nacional. Abimael frisou que nenhuma decisão foi tomada sem o aval de Jair Bolsonaro.
“Articulei com Allan Carneiro, com Dida de Nan, para tentar conciliar e colocar o PL para trabalhar, quando chegou agora, em cima da hora, o Allan decidiu não ser mais candidato e aquilo que foi construído ficou para trás, deixou o nosso partido a ver navios”, disse Abimael, narrando o processo que levou até a escolha do nome de Alessandra Vieira para representar o PL.
“Estou ao lado dela para lutarmos por uma Santa Cruz melhor”, disse Abimael, que reforçou em toda a entrevista que é um ‘soldado de Bolsonaro’.
Sobre o empresário Robson Ferreira, que entrou em rota de colisão com o PL, tanto no âmbito municipal, quanto no estadual, Abimael não poupou críticas: “Não é porque o cara tem dinheiro, que pode achar que manda em tudo”, disse ele, acrescentando que Robson tem dinheiro, mas não teve hombridade de sentar e conversar com as demais correntes de oposição na cidade.
“Ele não é acostumado a sentar e conversar, ele é acostumado a dar ordens, e isso pode acontecer na empresa dele, mas na política é diferente. O povo de Santa Cruz não é comprado por dinheiro”, findou Abimael.
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