Após aceitar convite de Lula para ser pré-candidata a vice de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a ex-prefeita e ex-ministra Marta Suplicy (sem partido) recebe neste sábado (13) o líder sem-teto e deputado federal para um almoço em sua residência no bairro Jardim Paulista, na capital paulista.
Acompanhado pela esposa Natalia Szermeta, Boulos chegou na residência da ex-prefeita por volta das 14h, no banco do passageiro de seu "Celtinha". Questionado por repórteres que aguardavam à frente do local, ele prometeu se manifestar ao final do encontro, que conta ainda com as presenças de Márcio Toledo, marido de Marta, e do deputado federal Rui Falcão e sua esposa.
O almoço é visto como último passo antes da aliança ser confirmada pela pré-campanha de Boulos, o que ainda não aconteceu. O acordo entre PSOL e PT, selado em 2022 quando o deputado se retirou da disputa pelo governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad, é que os petistas teriam carta branca para escolher o nome para a vaga de vice à Prefeitura.
Em vídeo publicado no Instagram na noite de sexta, Rui Falcão afirmou ter recebido uma missão de Lula para garantir a aproximação entre Marta e Boulos. Ele destacou ainda que a ex-prefeita irá se filiar novamente ao PT, nove anos após deixar o partido no auge da Operação Lava Jato.
— As coisas estão indo bem. Evidente que aqui e ali tem restrições compreensíveis, vamos discutir, vamos conversar, mas acho que é importante para tentar recuperar a Prefeitura de São Paulo para o campo democrático e popular. Esta aproximação sugerida e orientada pelo presidente Lula está em bom andamento — compartilhou Falcão.
Secretária de Relações Internacionais da prefeitura até terça-feira (9), quando foi demitida por Ricardo Nunes (MDB), Marta tinha viajado a Brasília no dia anterior para um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocasião em que teria sido convidada a se filiar de novo ao Partido dos Trabalhadores e embarcar no projeto de Boulos na prefeitura da capital paulista.
A possível volta de Marta ao PT já suscitou reações de petistas, que não se esquecem do fato de a ex-senadora ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Depois de ter sido ministra do Turismo de Lula e da Cultura na gestão Dilma, ela embarcou no MDB de Michel Temer. Em 2018, filiou-se ao Solidariedade, e está sem partido desde 2020.
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