segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Moro enfrenta turbulências em série e vê elevar risco de cassação do mandato


Após abandonar a magistratura no final de 2018 para ingressar no governo Jair Bolsonaro (PL) , Sergio Moro (União Brasil-PR) entrará em seu sexto ano formal na política sob turbulências em série: enfrenta um novo desgaste com críticas por sua postura na votação da indicação de Flávio Dino ao STF (Supremo Tribunal Federal) e vê crescer os riscos de uma decisão da Justiça Eleitoral que pode cassar seu mandato de senador.

O último revés foi a posição do Ministério Público, na quinta-feira (14), para que seja acolhida parcialmente a ação eleitoral contra Moro com a cassação do mandato por abuso de poder econômico durante a pré-campanha em 2022.

Políticos de esquerda e de direita dão como certo que o resultado final, tanto no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná como nos tribunais superiores, será o mesmo do ex-deputado federal Deltan Dallagnol, que teve o mandato cassado em maio.

Moro como juiz e Deltan como chefe da equipe de procuradores da Lava Jato foram os protagonistas da Lava Jato, que virou de ponta-cabeça o mundo político de 2014 a 2019. A operação entrou em declínio após as revelações de mensagens que indicaram atuação alinhada entre os dois.

Na quarta-feira (13), Moro foi fotografado rindo ao cumprimentar Flávio Dino, ministro do presidente Lula visto como inimigo pelo bolsonarismo e por setores da direita que se alinham ao ex-juiz da Lava Jato.

Além disso, Moro se negou a anunciar publicamente como votou, contra ou a favor da indicação de Dino, o que o transformou em alvo nas redes sociais, da esquerda à direita.

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