Mais de 102 milhões de brasileiros vivem diariamente com algum tipo de privação de saneamento no Brasil. Isso significa que uma a cada duas pessoas mora em uma residência sem acesso a serviços considerados básicos, como abastecimento de água, coleta de esgoto ou, simplesmente, um banheiro.
Os dados são de um estudo que será divulgado nesta quinta-feira (16), feito com base nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE.
O trabalho —produzido pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a consultoria Ex Ante e com o Cebds (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável)— avaliou cinco tipos de problemas: falta de conexão à rede geral de água; abastecimento irregular de água tratada; ausência de caixa d’água ou reservatório; falta de banheiro em casa; e falta de coleta de esgoto.
O resultado é um raio-X de onde estão e quem são as famílias brasileiras que sofrem com saneamento básico no país.
Segundo os dados, uma casa com privação de saneamento é tipicamente uma residência em área rural, cidade do interior ou assentamentos precários de regiões metropolitanas. Pode ser vista com maior frequência nos estados do Norte e Nordeste. A parede é de material aproveitado, o telhado de palha ou madeira, e o piso de terra batida.
Nessa casa, em geral, vive uma família de três ou quatro pessoas. São pobres, negros e com baixa formação escolar.
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