sábado, 11 de novembro de 2023

Taxa de desmatamento na Amazônia Legal teve redução de 22,3% entre agosto de 2022 e julho de 2023

Dados do INPE, unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, foram divulgados durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, nesta quinta (9), com a presença da ministra da Luciana Santos

A taxa de desmatamento na Amazônia Legal Brasileira (ALB) teve redução de 22,37% entre 1º de agosto de 2022 e 31 de julho de 2023, a menor desde 2019. Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, foram divulgados, nesta quinta-feira (9), em coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

 “A crise climática está posta. Não é algo do futuro”, salientou a ministra Luciana Santos. “Não há saída para o combate à destruição da Amazônia e do Cerrado e para os planos de mitigação e adaptação às mudanças do clima sem ciência. Quero reiterar o compromisso do MCTI em prover informações baseadas na melhor ciência disponível para contribuir com as discussões da agenda ambiental e climática do nosso País”, acrescentou.

Segundo dados do INPE, a área estimada do desmatamento entre 1º de agosto de 2022 a 31 julho de 2023 foi de 9.001 km². O valor representa uma redução de 22,37% em relação à taxa de desmatamento consolidada pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES) 2022, que foi de 11.594 km² para os nove estados da ALB.  Com isso, foi evitada a emissão de 133 milhões de tCO2e no mesmo período.

Seis dos nove estados da Amazônia Legal tiveram redução do desmatamento entre 2022 e 2023, sendo os maiores valores em Rondônia (-41,01%), Amazonas (-40,13%) e Acre (-28,93%). Mato Grosso, Roraima e Maranhão tiveram aumento do desmatamento de 8,25%, 6,45% e 5,17%, respectivamente.

Durante a coletiva, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu a implementação de políticas públicas “baseadas em evidências” e a união dos esforços. “Desde janeiro, quando assumimos o governo, o presidente Lula estabeleceu compromisso com desmatamento zero até 2030, e grande parte do desmatamento vem da Amazônia”, explicou a ministra. “Sabíamos que era um desafio muito grande, que envolve uma profusão de ilegalidades após um desmonte da estrutura de governança ambiental, mas conseguimos uma redução. Por trás disso, está a decisão do presidente Lula e uma ação integrada do governo”, completou.


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