Os olhos do mundo estão direcionados para a região de Israel e da Palestina, onde ocorre o conflito no Oriente Médio. As informações que chegam ao Brasil apontam para cenários que estão a mais de 10 mil quilômetros de Brasília.
Os ataques do grupo Hamas contra Israel, no último sábado (7), e, depois, a contraofensiva que atingiu os palestinos, fizeram a violência escalar a um novo patamar. Os episódios acontecem em uma região historicamente conflagrada entre territórios vizinhos.
Para entender o cenário geográfico, é necessário identificar que são considerados territórios majoritariamente palestinos a Cisjordânia – com mais de 3 milhões de pessoas em cerca de 5,9 mil quilômetros quadrados (km²), tamanho equivalente ao do Distrito Federal, no Brasil – e Gaza – de 365 km² e mais de 2 milhões de pessoas, com maioria de refugiados.
A Cisjordânia fica entre Jerusalém (a 40 quilômetros de distância) e a Jordânia (a capital Amã está a 104 km). Já Gaza é um território de 41 km de comprimento e entre 6 e 12 km de largura, com uma densidade populacional de 9 mil pessoas por quilômetro quadrado. Gaza tem uma fronteira de 51 quilômetros com Israel, 7 quilômetros com o Egito e 40 quilômetros de costa no Mar Mediterrâneo.
Israel tem 9,3 milhões de pessoas e é também banhado pelo Mediterrâneo. Jerusalém, tem 857 mil habitantes e é a cidade mais populosa do país. Tel Aviv, que fica a 66 km de distância e é considerada o centro financeiro, tem população de 457 mil pessoas.
Segundo as agências internacionais, o grupo palestino Hamas iniciou os ataques disparando, a partir de Gaza, foguetes que causaram destruição em cidades israelenses ao Norte de Jerusalém como Rehovot, Tel Aviv e Gedera e, ao sul, como Ashkelon. Mais de mil pessoas morreram já neste primeiro momento. Entre as vítimas, pelo menos 260 eram participantes do festival de música eletrônica a cerca de 20 km de Gaza.
Israel, por sua vez, indicou ter matado na primeira contraofensiva cerca de 1,5 mil integrantes do Hamas em pelo menos oito diferentes pontos. As forças israelenses teriam atacado inclusive a região portuária em Gaza. Além disso, já nos primeiros dias, os ataques israelenses mataram pelo menos 830 civis palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
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