No Governo Lula, quem faz o mal é premiado. Ana Luiza Fraga, superintendente nacional de eventos na Caixa Econômica Federal, responsável pela área que aprovou a exposição de arte com imagem do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no lixo, foi indicada para promoção no banco estatal, segundo revelou, ontem, o site Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues.
A exposição “O Grito!”, com a obra que retrata Lira, começou em 17 de outubro de 2023. No mesmo dia, segundo o site, Fraga foi indicada para promoção a diretora de Governança, Estratégia e Marketing depois de processo seletivo. A superintendente de eventos, funcionária concursada da Caixa, disse por meio da assessoria de imprensa do banco que não sabia da escolha da obra da artista plástica Marília Scarabello retratando Lira.
Também aparecem o ex-ministro da Economia Paulo Guedes e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF). O anúncio das escolhas foi feito em 7 de agosto, 71 dias antes do início da exposição. A indicação de Fraga como diretora precisaria ser aprovada pelo Conselho de Administração. Não há data para isso. Isso deverá ser suspenso depois da substituição de Rita Serrano por Carlos Fernandes anunciada na quarta-feira.
A inclusão de conteúdo ofensivo ao presidente da Câmara é um erro grave para o governo, que se constrange em uma frente na qual já tem muitas dificuldades: a negociação de projetos com o Legislativo. Pessoas que trabalharam com exposições desse porte na Caixa dizem que o conteúdo sempre passou pelo superintendente nacional da área.
Se não passou desta vez, houve falha de governança. Rita Serrano era conselheira da Caixa como representante de funcionários antes de ser presidente. Tinha escassa experiência em gestão. Foi, de 2001 a 2004, vice-prefeita de Rio Grande da Serra, cidade com 52 mil habitantes.
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