O presidente da Argentina, Alberto Fernández, fez um apelo na terça-feira, 19 de setembro, durante seu discurso na 78ª Assembleia Geral da ONU, pedindo o fim imediato do bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba e à Venezuela.
Além disso, ele acusou o Fundo Monetário Internacional (FMI) de aplicar sobretaxas a “muitos países” enquanto financia a guerra na Ucrânia.
Fernández enfatizou a oposição firme da Argentina ao uso de medidas ‘coercitivas unilaterais’ e à adoção de práticas comerciais discriminatórias.
Para o chefe do Executivo argentino, a continuidade do bloqueio contra a Cuba é inadmissível.
“Ano após ano, esta Assembleia Geral exige por esmagadora maioria a necessidade de acabar com este bloqueio”, afirmou.
O embargo dos Estados Unidos a Cuba está em vigor há mais de 60 anos. O presidente Fernández também solicitou a remoção de Cuba da lista de países que supostamente apoiam o terrorismo internacional, bem como o fim das sanções impostas à Venezuela.
“As sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela devem acabar imediatamente. Sua continuidade só agravou as condições de vida dos habitantes da Venezuela e fez que milhões de venezuelanos deixassem o país”, disse.
FMI
O presidente argentino criticou o FMI e acusou a instituição de sobretaxar países de maneira que se torna impossível que as nações sustentem sua dívida externa.
“Eles financiam a Ucrânia em plena guerra e, ao mesmo tempo, aplicam sobretaxas aos juros que cobram”, disse.
“O FMI não pode continuar a aumentar as suas taxas de juros cada vez que o Federal Reserve dos EUA [o Banco Central norte-americano] aumenta suas taxas para conter a inflação nacional“, continuou.
Segundo o argentino, o sistema financeiro global não mostrou “disposição” para se ajustar a um mundo que “busca restabelecer a igualdade”, insistindo na mesma política “ortodoxa” que agrava a desigualdade e a pobreza.
Fernández, que discursou depois do presidente da Argélia, indicou a necessidade de “um novo quadro para o tratamento das dívidas soberanas que tenha como objetivo o desenvolvimento com justiça social”.
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