O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi simples e direto quando perguntado pela senadora Eliziane Gama, relatora da CPI, sobre a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023: “não houve tentativa de golpe”.
Apesar de ter recebido autorização para permanecer calado durante o depoimento, o general prestou esclarecimentos feitos pela relatora.
Antes de responder aos questionamentos, ainda em sua fala inicial, Heleno afirmou que “jamais tratou de assuntos eleitorais” com seus subordinados no GSI. Além disso, relembrou aos presentes que deixou de ser ministro ao término do mandato de Jair Bolsonaro, em 31 de dezembro de 2022, e por isso, não teria como prestar esclarecimentos sobre o dia 8 de janeiro.
Questionado por Eliziane Gama sobre a minuta golpista, Heleno afirmou não ter conhecimento sobre o assunto, e voltou a ressaltar que naquele dia 8/1 não houve uma tentativa de golpe, já que “para caracterizar tentativa de golpe em um país tão grande como o Brasil, é preciso uma estrutura muito bem montada, além de uma direção muito preparada para conseguir, ainda mais em plena era da comunicação, da tecnologia”, completou.
Houve também um momento de bate-boca entre a relatora e o general Heleno, que teria minimizado o conteúdo dos documentos produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Antes de passar a palavra para outros parlamentares, Eliziane questionou o ex-ministro sobre o resultado das eleições, já que durante a campanha eleitoral de 2022, ele chegou a demonstrar publicamente a deconfiança sobre as urnas eletrônicas e todo o processo eleitoral. Hoje, porém, a resposta foi outra. “Já foi o resultado das eleições, já temum novo presidente da República, não posso dizer que foram fraudadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário