Os deputados federais do PSOL, Erika Hilton (SP) e Pastor Henrique Vieira (RJ) ingressaram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã da sexta-feira, 18 de agosto, requerendo que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja proibido de deixar o país. O pedido reivindica que o líder conservador tenha seus passaportes apreendidos em até 24 horas.
Os parlamentares do PSOL apontam para o risco iminente de evasão por parte do ex-chefe do Executivo e, por esta razão, provocaram a Suprema Corte, na pessoa do ministro Alexandre de Moraes.
O requerimento toma como base o depoimento do hacker Walter Delgatti à CPMI do 8 de janeiro, nesta quinta-feira (17), no qual o nome do ex-presidente foi envolvido em uma suposta participação de um plano para boicotar a segurança do sistema eleitoral brasileiro, a fim de expor a vulnerabilidade das urnas eletrônicas diante de possíveis manipulações.
Os deputados também pedem a apreensão não só dos passaportes, mas eventuais armas, munições, computadores, tablets e celulares que estiverem em posse de Bolsonaro.
Estratégia “camicase”
O ex-presidente Jair Bolsonaro chamou de “camicase” a estratégia de seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid de confessar a participação na venda de presentes recebidos pela comitiva presidencial – e de dizer que estava cumprindo determinações do ex-chefe do Executivo. As declarações foram dadas ao jornalista Túlio Amâncio, da Band.
Túlio relatou, nas redes sociais, ter conversado por telefone com Bolsonaro logo após o advogado de Cid revelar a estratégia da confissão à revista Veja.
Na conversa, segundo ele, o ex-presidente disse que Cid está preso há muito tempo e, por isso, seria capaz de falar qualquer coisa para sair da cadeia.
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