Pernambuco foi o terceiro estado com maior número absoluto de crimes violentos do Brasil no primeiro semestre de 2023, com 1.722 casos de homicídios (incluindo feminicídios), latrocínios (roubos seguidos de mortes) e lesões corporais que causaram mortes.
Os dados são do Monitor da Violência, levantamento do g1 com base nos números da Secretaria de Defesa Social (SDS).
Apenas a Bahia e o Rio de Janeiro registraram mais crimes violentos que Pernambuco, com 2.515 ocorrências e 1.790 casos no primeiro semestre de 2023.
O resultado de Pernambuco de janeiro a junho deste ano é pior do que o de estados populosos como São Paulo, que teve 1.509 registros, e Minas Gerais, com 1.272.
Levando em consideração a taxa por 100 mil habitantes, Pernambuco é o estado mais violento do Nordeste e o segundo do país. Foram registrados 17,8 crimes violentos a cada 100 mil residentes no estado.
A taxa média do Brasil no mesmo período foi de 9,2. O único estado com um resultado proporcional maior foi o Amapá, com 19,9 crimes a cada 100 mil pessoas.
Embora o cenário seja alarmante, Pernambuco teve uma redução de 4,8% nos crimes violentos em relação ao primeiro semestre de 2022. A queda foi maior do que a média nacional, que registrou uma redução de 3,4%.
No resultado mês a mês, apenas fevereiro de 2023 teve mais crimes do que no mesmo período do ano anterior.
O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do g1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e do Fórum Brasileiro da Segurança Pública (FBSP).
Insegurança
Embora a criminalidade tenha decaído, o ritmo da redução ainda não é suficiente para tirar o estado do ranking dos mais violentos do país.
A 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, mostrou que Pernambuco tem cinco das 50 cidades mais violentas do Brasil e registrou 3.423 assassinatos em 2022.
Somente na Região Metropolitana do Recife, foram registrados mais de mil tiroteios neste ano, de acordo com o Instituto Fogo Cruzado, que monitora casos de violência em grandes metrópoles do país.
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