segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Bolsonaro continua em silêncio sobre o CASO DAS JOIAS e posta vídeo abraçando criança

Na manhã de sábado, 12 de agosto, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um breve vídeo em suas redes sociais, no qual é visto abraçando uma criança, sem mencionar a Operação Lucas 12:2, que investiga um suposto esquema de venda de joias por seus aliados. Essa postagem ocorre em meio ao silêncio mantido por Bolsonaro desde a deflagração da operação pela Polícia Federal na sexta-feira, 11 de agosto.

Na publicação no Twitter, o ex-presidente desejou um “Bom sábado a todos!” e apareceu abraçando uma menina, posando com ela para fotos, rodeado de apoiadores. Não há informações sobre a data em que o vídeo foi gravado.

A música dramática serve como pano de fundo para o vídeo de 16 segundos, porém, não há menção à operação que investiga a suposta venda de itens recebidos em viagens oficiais para enriquecimento pessoal do ex-presidente.

Na noite de sexta-feira, 11, os advogados de Bolsonaro emitiram uma nota na qual afirmaram que o ex-presidente “reitera que jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos”.

A operação, que recebeu o nome de um versículo bíblico, que diz que “não há nada escondido que não venha a ser descoberto”, tem como alvos o general Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid; o advogado Frederick Wassef, que representou o ex-chefe do Executivo; e o tenente Osmar Crivelatti, também ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que argumentou haver “fortes indícios de desvios de bens de alto valor patrimonial”.

Conforme a PF, os valores obtidos com as vendas teriam sido convertidos em dinheiro em espécie e inseridos no patrimônio pessoal do ex-presidente, usando laranjas e evitando o sistema bancário formal, com o propósito de ocultar a origem, localização e propriedade dos recursos.

Embora não seja investigada no caso que originou a operação, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) também está envolvida. Ela é mencionada em uma das trocas de mensagens entre os ex-ajudantes de ordens, na qual o ex-assessor Marcelo Câmara afirma que alguns dos objetos teriam desaparecido, atribuindo a Michelle a responsabilidade sobre um deles.

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