Pré-candidata falou sobre ações estruturadoras e emergenciais na superação da extrema pobreza e de políticas públicas para as mulheres
Em entrevista à Rádio Nova Brasil FM, nesta quinta-feira (07), a pré-candidata ao Governo do Estado, Raquel Lyra, voltou a afirmar que o seu Plano de Governo tem no centro das prioridades o combate às desigualdades, com políticas públicas estruturantes nas áreas de educação e geração de empregos, como um amplo programa de qualificação profissional, mas também com ações emergenciais que atendam aos mais vulneráveis, como a implantação de restaurantes populares em todo o Estado, assegurando a alimentação de quem hoje sofre com o drama da fome.
“O combate à extrema pobreza não é prioridade do atual governo, mas será do meu. Construiremos políticas de ação social estruturantes e aquelas mais imediatas. É urgente, por exemplo, combater a fome. Com o programa Bom Prato Pernambucano, vamos abrir restaurantes populares fixos e móveis para garantir alimentação à população mais vulnerável”, reforçou Raquel.
De acordo com Mapa da Nova Pobreza, divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Pernambuco ocupa o quarto pior lugar do país, com 50,32% dos habitantes com renda per capita abaixo de R$ 497 mensais, no ano passado. “O Governo do Estado assiste à miséria em Pernambuco pela televisão, sem tomar atitude. São projetos habitacionais cujas obras estão paralisadas há anos. Não há solução única, tem que ter estratégia, planejamento, capacidade de buscar recursos para tirar os projetos do papel e transformar a vida da população”, declarou.
*Mulheres -* Um olhar especial para as mulheres faz parte do combate aos efeitos causados pela extrema pobreza, lembra Raquel. “No Brasil, pobreza tem gênero e, em Pernambuco, esse é um drama vivido por nossas mulheres. As políticas públicas voltadas para as mulheres também terão a finalidade de superação da extrema pobreza, pois, garantindo que elas saiam desta situação, também garantimos que suas famílias saiam”, explicou.
Prefeita eleita e reeleita de Caruaru, Raquel criticou a omissão do Governo do Estado na realização de parcerias com as prefeituras para a superação da extrema pobreza. Raquel lembra que, em 2021, a Prefeitura de Caruaru investiu R$ 19 milhões em diversas ações e que, desse montante, apenas R$ 240 mil vieram da gestão estadual.
“O Governo do Estado precisa ser colaborador, ser cofinanciador, chegar junto, pra permitir que os municípios possam agir de maneira mais assertiva. Em Caruaru, mesmo sem apoio, investimos muito em programas de qualificação profissional, de apoio, sobretudo, às mulheres, em programas de entrega de alimentação, de abrigos para pessoas em situação de rua, para crianças e mulheres vítimas de violência”, prestou contas.
“Podemos ter a primeira mulher dirigindo os rumos do estado e eu me coloco como alguém que tem a sua trajetória de vida voltada ao serviço público”, concluiu a pré-candidata, reforçando propostas como a criação de 60 mil vagas de creche em Pernambuco, a construção de cinco novas maternidades, restaurantes populares e o programa de qualificação Trilhatec, voltado para alunos do Ensino Médio da rede de educação estadual.
Foto: Janaína Pepeu
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