segunda-feira, 15 de novembro de 2021

PSB quer apoio em estados e vice de Lula por aliança com o PT em 2022



Do Uol

O PSB e o PT deverão estar juntos na eleição presidencial de 2022. Mas, para se aliar aos petistas, o partido liderado por Carlos Siqueira deseja algumas contrapartidas. Na mesa, estão o apoio ao PSB em seis estados e a posição de vice na chapa que será encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O que eu disse para o PT? O PT tem que escolher o que ele quer. A Presidência da República? Ótimo, e nós podemos até apoiar, não há problema. Agora, nós precisamos ter, conquistar nossos espaços de poder, espaços significativos”, disse o presidente do PSB.

Siqueira citou que colocou aos petistas “as questões dos nossos pré-candidatos a governador e estabelecemos, inclusive, as prioridades”. Elas seriam as campanhas estaduais em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Acre e Rio de Janeiro. “São estados fundamentais, importantíssimos.”

O PT tem que escolher qual é o objetivo principal deles. Se ele não escolher e colocar vários, nós também temos o direito de pensar em outro caminho. Mas, até agora, tem havido receptividade da direção nacional

Carlos Siqueira, presidente do PSB

Entraves

E é nos estados que haverá o maior problema, principalmente em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Na disputa paulista, Siqueira diz que “não há hipótese de retirar a candidatura” do ex-governador Márcio França. “Ele é candidato para valer mesmo.”

No momento, porém, o esperado é que França será vice na chapa a ser encabeçada pelo ex-governador Geraldo Alckmin, que está de saída do PSDB. Os dois já haviam feito a dobradinha na eleição de 2014.

Especula-se ainda que Alckmin possa ser o vice de Lula, mas pessoas próximas ao petista e ao ainda tucano rejeitam a possibilidade.

“Quando você vai para uma olimpíada, você vai para mirar o ouro, a prata ou o bronze. Se mirar as três medalhas, você pode ficar sem nenhuma”, disse França ao UOL após a gravação de um episódio de seu reality show.

“Se, para eles, for realmente importante a presidência da República, eles têm que se desfazer de qualquer ambição do resto.” O PT deverá lançar o ex-prefeito paulista Fernando Haddad na disputa pelo governo paulista.

Complicada também é a situação no Rio Grande do Sul. O PT já anunciou a pré-candidatura ao governo do deputado estadual Edegar Pretto. Já o PSB quer a candidatura do ex-deputado federal Beto Albuquerque.

Uma aliança entre os dois partidos não seria impossível, mas, para isso, o PSB teria que garantir duas posições: tornar-se oposição à atual gestão gaúcha, de Eduardo Leite (PSDB), e garantir palanque para Lula no estado. O PSB faz parte da gestão do tucano, que não irá disputar a reeleição e tenta ser o presidenciável do PSDB.

“Tem uma questão preliminar para ser resolvida. Digamos que, hoje, ela é um complicador”, diz o deputado federal Paulo Pimenta, presidente do PT no estado.
Líder do PSB gaúcho, Mário Bruck disse que, no palanque do partido, estará “quem der recíproca”. “Se não tiver, não tem porque colocar no nosso palanque”, completou. “O PT tem que escolher qual é a sua prioridade. Ou eles querem governar o país, ou querem conquistar os governos de estado. Acho que isso é um dilema que o PT tem que resolver.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário