segunda-feira, 12 de abril de 2021

SCGE recebe primeiro Laboratório de Inovação no Setor Público de Pernambuco



A Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE) é embrião do primeiro Laboratório de Inovação do Setor Público (LISP) do Governo de Pernambuco. A novidade é resultado da atuação da Usina Pernambucana de Inovação, iniciativa implementada em julho de 2020 e que tem como objetivo desenvolver ações de fomento, sensibilização, capacitação, orientação técnica, avaliação, reconhecimento e disseminação de práticas inovadoras de gestão, com vistas à modernização da administração pública estadual.

 

“O LISP é uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios diários dos órgãos e entidades do Governo do Estado. Apostamos nessa parceria para pensar, criar e experimentar novidades que impulsionem ainda mais os serviços prestados à população pernambucana, elevando o seu índice de qualidade”, frisa a secretária Érika Lacet. Ela ressalta, ainda, que as inovações digitais são grandes aliadas no desempenho das ações estratégicas da Controladoria. “A SCGE vem na busca da inovação em governo desde 2016, quando participou do projeto ‘Sala de Aula Aberta’, um precursor do LISP”, exemplifica.

 

Já Hugo Vasconcelos, membro da Usina Pernambucana de Inovação, destaca que essa é a primeira incubação de um laboratório de inovação no setor público que será realizada em conjunto com o experimento do Mentoria In Gov. A iniciativa é voltada para estudantes de mestrado e doutorado na área de gestão pública e tem como objetivo oferecer a esse público, uma imersão dentro da administração pública para testar e melhorar os produtos e serviços que estão sendo investigados cientificamente nas suas dissertações e teses. Ele, que também é diretor de Estratégias e Ambiente Legal para Inovação na Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), enfatiza que a proposta é utilizar o que há de mais novo na legislação nacional e estadual sobre inovação na área.

 

O primeiro participante da ação será Danilo Gonçalves, doutorando em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, com graduação e mestrado em Ciências Políticas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele fará uma aplicação prática na SCGE do produto criado em sua dissertação “Um estudo de instrumentos determinantes de conformidade da burocracia pernambucana”.

 

PROJETO – A diretora de Tecnologia da Informação do Controle Interno (DTCI), Raquel Nunes, destaca que o primeiro projeto do LISP ne SCGE é a modernização do sistema de Cadastro da Regularidade de Transferências Estaduais (CRT). “A ideia é desenvolver um Robotic Process Automation (RPA) ou automação de processos através de robôs que irá acelerar um processo que hoje é feito manualmente”, adianta.

 

Empolgada com a implantação do LISP na SCGE, Raquel vislumbra muitos ganhos para todos os atores envolvidos nos trabalhos, como uma maior interação entre a academia e o Estado; melhorias no serviço público, utilizando a inovação e novas tecnologias; novos conhecimentos para servidores; e garantia que o governo use o que há de mais novo e eficiente para solucionar questões.

 

Danilo, que vai implementar o trabalho, também demonstra entusiasmo. “Espero realizar as duas maiores vontades de um cientista: conhecer como tudo funciona no âmbito do Poder Executivo e gerar impacto positivo nessa minha passagem pela administração estadual. Um governo melhor é o retorno que eu quero dar à sociedade depois de ter estudado seis anos em universidade pública”, enfatiza.

 

USINA – A Usina de Inovação, vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e presidida em conjunto com a Secti, é o laboratório oficial do Governo de Pernambuco, que vai atuar para garantir o desenvolvimento do Ecossistema Estadual de Inovação. Além de representantes da Seplag e da Secti, participam da Usina, as secretarias de Administração (SAD), de Desenvolvimento Econômico (SDEC) e da própria Controladoria-Geral do Estado; além da Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI), Universidade de Pernambuco (UPE) e Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe).

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