quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Armando: Congresso deve conciliar assistência à população com reformas



Um dia após o Congresso Nacional escolher os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o Conselheiro Emérito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e ex-senador, Armando Monteiro Neto, alertou que o Brasil precisa conciliar o esforço da vacinação em massa, e a continuidade da assistência aos brasileiros que ficaram sem renda, com a necessidade de recuperação da economia brasileira.


Para isto, destaca que o Congresso Nacional deve trabalhar na implementação de medidas que combatam o déficit fiscal, como a PEC Emergencial (186) e a PEC do Pacto Federativo (188). Para Armando, temas como a reforma tributária e a recuperação da indústria brasileira também precisam, mais do que nunca, estar na prioridade do País.


O pronunciamento foi feito durante o seminário RedIndústria, promovido pela CNI, no qual Armando falou sobre “O Cenário Político e a Agenda Legislativa para o ano de 2021”. O encontro debate a Agenda Legislativa da Indústria, que será entregue ao Congresso Nacional com os temas de interesse do setor produtivo nacional.


Para ele, “mais do que nunca, a sociedade brasileira e o Congresso precisam compreender que ao lado das medidas que terão de ser oferecidas para assistir à população mais carente do Brasil, é preciso também se ter a responsabilidade para fazer essa assistência de modo a não agravar o quadro fiscal do País”.


Armando lembrou que o déficit primário de 2020, decorrente das despesas extraordinárias no enfrentamento do coronavírus, elevou a relação dívida/PIB para níveis preocupantes, que colocam o Brasil muito acima da média da relação dívida/PIB dos países emergentes. “É preciso pôr freio à expansão das despesas obrigatórias, conter o avanço dos gastos, permitindo também que se crie um espaço fiscal pela redução dos gastos com pessoal, para que se possa suportar a extensão do auxílio-emergencial que hoje a sociedade brasileira toda reclama”, enfatizou.


Armando também afirmou que com a eleição dos novos presidentes da Câmara e Senado é necessário que se cobre um maior alinhamento entre as posições do Congresso Nacional e do Executivo em matérias importantes como a reforma tributária. “É fundamental que que se construa uma posição convergente entre o que o Poder Executivo pretende fazer nessa área, e todo o avanço da discussão que já ocorreu no Congresso”.


Por fim, o ex-presidente da CNI alertou para a necessidade de recuperação da posição da indústria brasileira na economia do País. “A indústria vem perdendo posição relativa de maneira precoce. O Brasil precisa de mais indústria, o Brasil precisa crescer pela indústria, mas a indústria precisa ter condições que a coloquem em condições minimamente competitivas em relação ao produto importado”, concluiu. (Do Blog do Magno)

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