segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Marília foi investigada por improbidade, diz revista Veja



A revista Veja publicou, no fim de semana, uma denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que cobra da candidata à Prefeitura de Recife, Marília Arraes (PT), a devolução de R$ 156 mil aos cofres públicos. De acordo com a matéria, a petista foi denunciada pela 43ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania por improbidade administrativa, em dezembro de 2019, juntamente com quatro ex-assessoras que recebiam seus salários e não prestavam serviços ao gabinete quando Marília era vereadora do Recife entre 2014 e 2017.

Segundo a revista, a irregularidade foi descoberta após a Polícia Civil cruzar os contracheques das servidoras com o Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) e descobrir que as funcionárias tinham outros empregos, caracterizando crime de peculato. A denúncia do MPPE diz que Marília "dolosamente utilizou-se do seu cargo para favorecer as demais demandadas que, embora não tendo prestado serviço regularmente à Câmara Municipal do Recife, receberam remuneração indevida dos cofres públicos". 

Em defesa da acusação, Marília emitiu uma nota afirmando que lhe "causa estranheza a ação de improbidade administrativa, pois já foi “absolvida”, mesmo após várias incursões nos vários tipos de atos probatórios, que não aportaram  qualquer indício de autoria e materialidade delitiva que pudesse comprovar a denúncia anônima”. “Contudo, o que me deixa mais chocada é que eu pedi ao órgão ministerial que apurasse rigorosamente os supostos fatos contra mim em 2016, em ofício remetido no dia 22/01/2016, tendo a investigação começado apenas em 2017. Acredito que a Ilustre Promotora que assinou a ação de improbidade contra minha pessoa não tenha tido conhecimento que os mesmos fatos a ela repassados para instruir a dita ação foram apurados na esfera criminal, tendo o próprio Ministério Público Estadual requerido o arquivamento do Inquérito Policial, o que foi acatado pelo MM”, diz um trecho da nota.

"Essa ação criminal encontra-se arquivada desde 20/02/2019. Ademais, não posso entrar no mérito da ação, porque, como dito, ainda não fui intimada para apresentação de Defesa Preliminar, fase processual em que o Juízo, só depois de apreciá-la (Defesa Preliminar), é que se pronunciará sobre o recebimento da ação ou não. Portanto, tecnicamente, a ação contra minha pessoa não foi recebida. Como o fato é o mesmo e houve todo tipo de investigação, sabe-se que esta ação também chegará no mesmo resultado. Ou seja, que não há nenhum tipo de indício que possa macular a minha atuação política enquanto parlamentar", completou.

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