sexta-feira, 26 de junho de 2020

Aumento do investimento em ciência criará um legado para combater crises, diz ministro




Em reunião da comissão da Câmara dos Deputados de acompanhamento às ações de combate ao coronavírus, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, defendeu que o aumento de investimentos em ciência e tecnologia vai criar um legado para o país superar crises. Segundo ele, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) é uma ferramenta que pode ser usada para essa finalidade.

“Nós já temos um sistema muito bem estabelecido de ciência, tecnologia e inovações agora sendo criado. Mas nós precisamos ter esse apoio, esse empurrão, vamos dizer assim, em termos de orçamento. E o FNDCT é uma fonte feita para isso. Esse fundo vem de recursos privados, mas ele ainda tem 90% do seu valor ainda em reserva de contingenciamento. Então, nós temos uma necessidade de ter uma liberação maior disso”, afirmou.

Na avaliação do ministro, esse investimento é um passo para desenvolver um sistema nacional de inovação e atrair investimentos privados.  “Nós vemos países como Israel, que tem 4% do PIB aplicados em desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação. É 1% do setor público, do investimento público, e são 3% do setor privado, mas para chegarmos nesse ponto, nós precisamos de um motor de partida, e para isso é preciso investimento para a pesquisa básica, que é essencial para gerar ideias e conhecimentos para a inovação, e nos sistemas de inovação das nossas startups, para ajudar essas empresas a passarem na ‘zona da morte’”, declarou.

Aos parlamentares, o ministro também apresentou as ações empreendidas pelo MCTI no combate à Covid-19, como a criação, ainda em fevereiro, da RedeVírus MCTI, um comitê de especialistas para alinhar iniciativas; a participação do país em comitês internacionais e no projeto Acelerador de Vacinas; aprovação da CTNBio de testes no Brasil com a ‘vacina de Oxford’ e os testes com a nitazoxanida, que já alcançaram 230 dos 500 voluntários necessários.

“Provavelmente, as pessoas ficam com medo de participar. Temos que lembrar o seguinte: é um medicamento já testado, está na prateleira das farmácias e é utilizado, inclusive, para crianças. Então, não tem efeito colateral, não tem nenhum risco. Até agora conseguimos cerca de 230 voluntários e precisamos de mais gente para terminar. No momento em que terminarmos, podemos ter um remédio que pode tratar o início da doença, quando começar a ter os sintomas, supondo que funcione, porque a expectativa é essa”, relatou.

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