Do G1 - PE - Por Tatiana Notaro
Em fevereiro de 1990, um cortejo pelas ladeiras de Olinda levava o Homem da Meia-Noite para seu casamento com a Mulher do Dia. No cruzeiro da Igreja do Carmo, a cerimônia foi celebrada pelo boneco Parou Por quê e o argumento era totalmente cabível para os moldes sociais da época: legitimar os filhos do casal, o Menino e a Menina da Tarde.
Ainda assim, o matrimônio oficializou-se sem as bênçãos divinas porque a ideia do bonequeiro e artesão Silvio Botelho não agradou ao padre. São 30 anos do dia em que Olinda literalmente parou para ver o casamento de dois bonecos gigantes
Essa é a versão contada, mas a real quem conta é o bonequeiro Silvio Botelho. Naquele início da década de 1990, a vida dos bonecos gigantes de Olinda andava meio parada. Eram personagens que só tomavam vida para o carnaval, ficando meio inertes o resto do ano e Silvio achou que era preciso dar movimento. “Eu vi que tinha que criar algo e propus: ‘vamos casar a Mulher do Dia com o Homem da Meia Noite?”. E assim, foi.
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