sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Em Fórum de Infraestrutura, Luciana defende retomada de um projeto de nação


Vice-governadora apresentou novas oportunidades de investimentos no Estado, durante evento promovido pela ABDIB

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, defendeu que o país precisa voltar a ter “um projeto de nação”, durante a edição Nordeste do Abdib Fórum Infraestrutura Regional. O evento aconteceu em Teresina (PI), nesta quinta (22). Um dia após reunião do Consórcio do Nordeste, ela ressaltou os esforços de integração da região, em busca da retomada do crescimento. E falou sobre novas oportunidades de investimentos em infraestrutura no Estado.  

“Se a gente compara a taxa de investimento médio, no Brasil – juntando o público e o privado – , de 2010 a 2014, tivemos uma taxa de 20,5% do PIB. De 2014 em diante, despencamos para uma taxa de 15,5% do PIB. Os países emergentes investem o dobro do Brasil. E 90% dos países têm taxas de investimento maiores que as nossas. Precisamos resgatar o sentido de um projeto de nação”, disse Luciana, que representou Pernambuco, no evento que contou com governantes de todos os estados do Nordeste.

Ela lembrou que, no processo de construção do país, os nordestinos sempre tiveram papel destacado. E citou como exemplo os chamados “boêmios cívicos”, que compunham a assessoria econômica de Getúlio Vargas. “Eles ajudaram a pensar o Brasil do futuro, idealizando projetos estratégicos que consolidaram o Estado brasileiro moderno, como a Eletrobras e o BNDES”, citou.

Agora, os governadores do Nordeste se unem para fortalecer políticas públicas para o país e a região. “Não queremos nem estado mínimo, nem máximo. Mas o Estado necessário para cumprir o seu papel de indutor e garantir que isso se reflita na qualidade de vida de nossa gente”, discursou.

Ao falar sobre a agenda de oportunidades nos setores de Energia, Transportes e Logísticas e Saneamento e Resíduos Sólidos, Luciana lembrou que Pernambuco cresce mais que o Brasil como um todo. Resgatou que, a partir das gestões de Luiz Inácio Lula da Silva, na Presidência, e Eduardo Campos, no governo, o Estado mudou sua matriz produtiva e diversificou a economia.

“Nos inserimos em cadeias mais dinâmicas da economia, como o setor automobilístico, a indústria naval, a refinaria, a indústria farmoquímica. Tudo isso é fruto de uma decisão política, de um momento muito recente da história”, colocou.

Também sublinhou que há hoje um esforço no sentido de formar mão de obra qualificada, ter um estado eficiente, com governo profissional e equilíbrio fiscal, e um moderno ambiente de negócios e alta competitividade.

“Apesar da crise econômica e da instabilidade política, estamos conseguindo resistir e sobreviver. Eu sempre digo que ser bom, no bom, é fácil. Difícil é ser bom no ruim. E o governador Paulo Câmara conseguiu fazer isso”, afirmou, destacando que a educação de Pernambuco é considerada das melhores do país, segundo o Ideb, que o número de homicídios caiu pelo 20º mês consecutivo, e que há uma atuação no sentido de atrair novos investimentos para o Estado.

A vice-governadora ressaltou que, de 2015 a 2018, houve um total de R$ 5,13 bilhões em investimentos, sendo 39,6% em recursos hídricos; 17,5% em saúde, educação e segurança; 14,8% em estradas; 8,2% em habitação.

“Combinamos vocações e potencialidades da região aos objetivos de desenvolvimento sustentável, a partir de uma visão de inclusão social, de beneficiar o povo pernambucano, para que ele tenha condições de trabalho e qualidade de vida. Quando observamos o orçamento e os investimentos, é o reflexo dessa visão. Na infraestrutura básica, de água e saneamento, são quase 40% da capacidade de investimento. Isso impulsiona não só a economia, mas beneficia a população diretamente”, declarou.

Ao final de sua apresentação, Luciana listou novas oportunidades nas áreas de infraestrutura turística, de logística e energia e desenvolvimento urbano. Entre elas, os aeroportos de Petrolina, Fernando de Noronha e Serra Talhada; obras em BRs 102, 232 e 116; a Transnordestina (trecho de Suape); e obras para eficiência e aproveitamento energético.

Nenhum comentário:

Postar um comentário