Folha de S. Paulo - Coluna Painel
Por Daniela Lima
Se desagradou a parlamentares eleitos com o vigor das redes, a ofensiva de Jair Bolsonaro a órgãos como PF, fisco e Coaf recebeu elogios de políticos mais experientes.
O fenômeno ganhou ainda mais força nesta quinta (22), após o presidente acenar com a demissão do diretor-geral da Polícia Federal, enquadrando Sergio Moro (Justiça).
Um deputado do PSD resume os comentários de coxia: “Ele está tendo coragem de fazer o que ninguém –nem Lula, nem Dilma, nem Temer– teve”.
Enquanto isso, dirigentes de partidos de centro ponderam que Bolsonaro subestima a influência de Moro sobre parte considerável da sociedade e que os movimentos incisivos de repreensão podem fazer o ministro da Justiça vestir a carapuça de vítima. Ainda assim, avaliam que Moro está hoje politicamente “disfuncional”.
O ex-juiz, que nunca teve articulação com a maioria do Congresso e com as cúpulas partidárias, acumulou, na Lava Jato, a antipatia de ala do Supremo –sentimento que só cresceu com a repercussão das mensagens obtidas pelo The Intercept. Mas, agora, parece ter perdido o apoio do próprio governo.
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