sábado, 8 de dezembro de 2018

Joesley pede investigação por ameaças

Guilherme Amado - O Globo

A defesa de Joesley Batista , dono da JBS, protocolou na quarta-feira, na Polícia Federal, um pedido de instauração de inquérito para que sejam investigadas ameaças que o empresário afirma ter recebido ao longo de quatro dias na semana passada, após ter testemunhado contra os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves.

De acordo com o documento obtido pelo GLOBO, o advogado de Cunha confirmou o endereço de Joesley, em audiência que tratava sobre o recebimento de dinheiro desviado da Caixa pelos emedebistas. E no dia seguinte, 28 de novembro, empregados da casa do empresário relatam ter atendido o primeiro de uma série de telefonemas ameaçadores, que se repetiria por três dias.

Em uma ligação, uma voz masculina dizia ser um delegado, pedia R$ 50 mil para serem depositados numa "conta da Caixa" e finalizava com a frase "Diga que o Eduardo está chegando em Brasília”. Além disso, a defesa do empresário relata que, na sexta-feira 30 de novembro, no sábado 1º de dezembro e na madrugada de domingo 2 de dezembro, viaturas da Polícia Militar de São Paulo se dirigiram à casa do empresário, no Jardim Europa, bairro nobre da capital, dizendo que haviam recebido denúncias anônimas de que estava ocorrendo ali um assalto com reféns — o que era falso.

A operação Sepsis investiga fraudes na Caixa e levou os dois emedebistas e o doleiro Lúcio Funaro a se tornarem réus exatamente no processo da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, em cuja audiência, no dia 28 de novembro, ocorreu a pergunta do advogado de Cunha.

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