terça-feira, 27 de novembro de 2018

Restrições orçamentárias não impediram avanços na ciência e telecomunicações, diz ministro


O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, destacou as principais ações do MCTIC, durante reunião do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), nesta sexta-feira (23), em São Paulo. No encontro, ele ressaltou iniciativas como o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) e a inauguração do Sirius, o novo acelerador de partículas. “Pelas dificuldades orçamentárias, tivemos de definir focos importantes que pudessem ser estruturantes para a pesquisa, a ciência e a inovação no país.”

O ministro afirmou que o lançamento do SGDC é o início do programa satelital brasileiro e permitirá avanços nas áreas de educação, saúde e segurança e na qualidade de vida das pessoas. “Em momentos de dificuldades, conseguimos R$ 3 bilhões para que pudéssemos lançar o primeiro satélite brasileiro. Não houve um dia de atraso e, com isso, estaremos levando banda larga e internet para todos os cantos do país.”

Segundo Kassab, outro foco de atuação do MCTIC foi a implantação do Sirius, novo acelerador de partículas que é a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no país. “O laboratório estará operando a partir de maio de 2019 e será um legado importante para a sociedade brasileira.”

O ministro destacou também a construção da Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio, e o pagamento das bolsas do CNPq.

No setor de comunicações, Kassab apontou o processo de implantação da TV digital. “Mais de 100 milhões de brasileiros já foram beneficiados e até 2023 esse processo estará concluído. Uma transformação na vida das pessoas que têm na televisão sua principal forma de entretenimento, às vezes o único.”

No evento com lideranças empresariais, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Maximiliano Martinhão, lembrou a recente regulamentação na Lei de Informática, que permite à indústria utilizar recursos para desenvolver startups. “Esse mecanismo permitirá às empresas estabeleceram até R$ 800 milhões por ano para empreendedorismo na área de informática.”

Martinhão disse ainda que está aberta uma consulta pública que permite a utilização de benefícios da Lei do Bem para a contratação de startups para o desenvolvimento de tecnologias e a implementação da indústria 4.0. Além disso, o projeto Centelha conseguiu a participação de 21 estados, com a expectativa de gerar 10 mil ideias inovadoras por 400 startups no próximo ano de 2019.

Lançada em 2008, a MEI é um movimento criado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para estimular a inovação dentro das empresas brasileiras e ampliar a efetividade das políticas de apoio à inovação por meio da interlocução entre os setores público e privado. O comitê é constituído por lideranças que se reúnem periodicamente com representantes do governo federal para definir caminhos que potencializem a inovação no setor empresarial brasileiro.

Ainda nesta sexta, MCTIC, Ministério da Saúde e Ministério da Educação autorizaram o repasse de R$ 116 milhões para a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), com o objetivo de estimular a inovação.

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