segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Bancadas e lideranças se articulam em torno da disputa para o comando da Câmara de Vereadores

Como toda eleição, esperava-se que as de 2018 fizessem com que tudo ficasse exatamente no seu lugar, afastando as nuvens sombrias das incertezas, entretanto, as sequelas nos grupos políticos em Santa Cruz do Capibaribe foram inevitáveis e profundas, elevando questionamentos a respeito do futuro dos grupos políticos e suas lideranças na cidade, sobretudo, no quesito eleições 2020.

Porém, antes das eleições de 2020, as lideranças precisarão se movimentar em torno de outra eleição, que poderá dar o tom dos próximos atos políticos na cidade. Trata-se da eleição que definirá a próxima Mesa Diretora da Casa, formada pelos cargos de presidente, vice-presidente, primeiro-secretário e segundo-secretário. A disputa deverá ocorrer na última reunião ordinária do ano, prevista para o dia 13 de dezembro.

Três grupos - As movimentações já começaram e declarações já foram dadas em torno da eleição. A questão é que o processo eleitoral deste ano, resultou em uma reconfiguração na Casa José Vieira de Araújo e na formação de três grupos de vereadores na Casa, os que representam o prefeito Edson Vieira (seis vereadores), os que representam o deputado Diogo Moraes (oito vereadores) e os que representam o ex-prefeito José Augusto Maia (três vereadores). 

Chapa - Os vereadores Helinho Aragão (PTB), Augusto Maia (Podemos) e Capilé da Palestina (Podemos), que representam José Augusto Maia e se colocam como a legítima oposição, além de anunciarem a intenção de disputar a Mesa Diretora, se mostram dispostos dialogar tanto com a bancada de Diogo Moraes, quanto com a bancada de Edson Vieira. 

Articulações - O fato é que a bancada de Diogo Moraes não vê como bons olhos o projeto de Helinho, Augusto e Capilé. Além de não terem apoiado a recondução do socialista para a Alepe, os três são identificados como uma ameaça ao projeto de Fernando Aragão em 2020. A bancada de Diogo Moraes se movimenta para enfraquecer Zé Augusto e fortalecer o nome de Fernando Aragão dentro do grupo, e apoiar uma chapa que representa José Augusto Maia é fugir deste propósito. 

Já a bancada de situação parece disposta a dialogar e está analisando os cenários e definindo estratégias. Há quem diga que é possível sim se fazer uma composição para se obter a presidência, fatos nas próximas semanas devem apontar para onde os ventos irão levar o comando do legislativo municipal.

Sinais - Será de fato uma eleição atípica para o comando da Câmara de Vereadores, com várias possibilidades em aberto e com o futuro das lideranças políticas em jogo. Sinais dão conta de que a bancada de Diogo Moraes não tem intenções de ceder e vai pagar para ver até onde vai a capacidade de Helinho, Augusto e Capilé. Já a bancada de situação, parece trabalhar na contenção de danos, na busca de um cenário menos adverso para os próximos anos. Caberá aos líderes avaliar quais são as prioridades a curto e longo prazo e fazerem suas apostas. (Do Blog Direto ao Ponto)

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