Daniel Carvalho e Talita Fernandes –Folha do S.Paulo
O deputado Luciano Bivar (PE) reassumiu a presidência do PSL, partido pelo qual Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República neste domingo (28).
O comando da legenda estava sob o advogado Gustavo Bebianno Rocha. A troca foi oficializada nesta segunda-feira (29) em publicação no Diário Oficial da União. Figura onipresente ao lado de Bolsonaro, Bebbiano agora fica livre para ocupar um cargo no primeiro escalão do novo governo, a partir de 1º de janeiro de 2019. Ele é cotado para chefiar o Ministério da Justiça.
O capitão reformado tratou do tema durante entrevista ao SBT, nesta segunda (29). "Já estava acertado, ninguém poderia esperar que tivesse uma bancada tão grande como essa aí. O Luciano Bivar é, de fato, o presidente. O Bebianno fez um trabalho excepcional ao longo da campanha.", afirmou. "Todos nós sabemos, o Bivar sabe, o Bebianno sabe, que nós temos responsabilidade com 52 deputados eleitos. O partido tem que atender o seu fundo partidário a todos os estados que fizeram deputados e senadores."
A Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, recomenda que presidentes de partidos não ocupem cargo de ministro.
Em 2007, a comissão recomendou ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva a exoneração de Carlos Lupi, ministro do Trabalho e também presidente do PDT.
Bivar já comandava o PSL, mas afastou-se com a chegada de Bolsonaro para que Bebianno assumisse. O deputado tem interesse de disputar a presidência da Câmara no ano que vem.
O presidente da República eleito, no entanto, já disse que gostaria que o comando da Casa ficasse com alguém de outro partido.
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