quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Ministro assina acordo para ampliar capacitação e inclusão digital de jovens

Parceria com Associação Brasileira de Reciclagem e Inovação prevê o descarte adequado de eletroeletrônicos. Foto: Ascom/MCTIC

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, assinou nesta quarta-feira (13) um acordo de cooperação com a Associação Brasileira de Reciclagem e Inovação (Abrin), que atua no recondicionamento e descarte de equipamentos eletrônicos provenientes de órgãos públicos. O objetivo do acordo é ampliar a capacidade de tratamento e recondicionamento de materiais eletrônicos e o número de jovens capacitados.

“Estamos ampliando e consolidando a parceria que temos com a Abrin, que é uma instituição que tem muita credibilidade e valor, e trabalha com um custo muito baixo e grandes resultados para a sociedade brasileira. Damos visibilidade a esse acordo para que o Brasil saiba que, através de parcerias, o governo pode efetivamente crescer no que se refere à inovação e à reciclagem”, afirmou Gilberto Kassab.

Ele destacou ainda que investir em inclusão digital é investir em inclusão social. “A partir do momento em que você atinge um número maior de brasileiros, em especial, os que estão em segmentos sociais mais baixos, através da inclusão digital, contribui para a inclusão social.”

Para o secretário de Telecomunicações, André Borges, a parceria com a Abrin atende à uma das diretivas do governo, que é encontrar uma solução para a destinação adequada dos rejeitos. “Isso faz com que as políticas de inclusão social e de meio ambiente se encontrem. Esse acordo é um reconhecimento do trabalho e valor dessa entidade”, avaliou.

Descarte

O MCTIC é o órgão responsável pela destinação dos eletroeletrônicos descartados pelo governo federal. Antes de dar início ao processo de descarte, os órgãos da administração pública federal devem informar a existência de equipamentos eletroeletrônicos e de informática disponíveis para reaproveitamento ao MCTIC, que, por sua vez, indica a instituição para receber os bens, de acordo com o Programa de Inclusão Digital do Governo Federal.

O MCTIC encaminha o material aos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) conveniados, espaços físicos adaptados para o recondicionamento de equipamentos eletroeletrônicos, que são destinados à revitalização de pontos de inclusão digital em todo o país.

Juntamente com o processo de recondicionamento, os CRCs realizam cursos e oficinas, visando à formação profissionalizante de jovens em situação de vulnerabilidade social com foco no processamento de equipamentos de informática usados. Depois de recondicionados, os equipamentos são doados para pontos de inclusão digital, como telecentros, escolas e bibliotecas públicas.

O CRCs também realizam o descarte correto do lixo eletrônico, combinando capacitações técnicas e gestão ambiental.

Sustentabilidade e inovação

De acordo com o diretor de Inclusão Digital da Secretaria de Telecomunicações do MCTIC, Américo Bernardes, o potencial multiplicador da parceria é enorme. “Nos últimos anos, tivemos a doação de 16 mil computadores. Só neste ano foram 4 mil doações de computadores e 5 mil jovens formados. Foram tratados de forma responsável 17 toneladas de lixo eletrônico. O tratamento responsável significa que esse material foi para a indústria de reciclagem ao invés de parar em lixões ou indústrias paralelas. Ou seja, esse é um programa que o MCTIC, com muito esforço, quer ampliar ainda mais no ano que vem, criando condições de auto sustentabilidade”, explicou.

Segundo o presidente da Abrin, Vilmar Simion, o objetivo é contribuir para a implementação das políticas públicas voltadas para o setor ambiental, a inclusão digital e social e de inovação.

“O reuso está muito alinhado com o que a ONU propaga, que é reutilizar ao máximo esses equipamentos, sempre que possível. Esse acordo é um passo muito grande para que os centros de recondicionamento de computadores afiliados à Abrin sigam a legislação e façam o trabalho de maneira adequada. Daqui para frente, queremos aumentar o volume de jovens capacitados, de equipamentos que chegam até nós e, principalmente, o volume de tratamento do lixo eletrônico. Nosso objetivo é que tudo seja rastreado e catalogado para a população saber onde foi parar cada equipamento descartado por órgão público”, ressaltou.

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