A Assembleia Legislativa está debatendo a legislação que regulamenta a produção do queijo de coalho artesanal em Pernambuco. Nesta quarta-feira (06), os deputados aprovaram, na Comissão de Desenvolvimento Econômico, o substitutivo, elaborado pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça, ao Projeto de Lei Nº 1.668/2017 que trata do tema.
Por proposta do deputado estadual Romário Dias (PSD), o colegiado criará, em março do próximo ano, um Grupo de Trabalho para aperfeiçoar e aglutinar todas as normas referentes à cadeia produtiva. “Somos totalmente favoráveis à proposta em discussão, no entanto, queremos aperfeiçoar o projeto na área de saúde pública. Nosso objetivo é aprofundar o debate acerca do projeto de forma a beneficiar toda a sociedade pernambucana com um produto artesanal de altíssima qualidade”, explicou Dias.
Ainda de acordo com o deputado, a reunião que será feita em 2018 irá reunir todos os que estão envolvidos com o setor. “Vamos pegar todas as leis do Estado para fazer uma norma única, como se fosse um livro, para que se tenha, cada vez mais, um leite e seus produtos derivados de excelente qualidade. Só é preciso uma maior organização e a participação dos governos Estadual e Federal dando benefícios àqueles que vivem dessa cadeia produtiva. Na Bacia Leiteira de Pernambuco, por exemplo, temos produtores que atuam há diversas gerações e precisamos, sempre, melhorar. Não podemos colocar no mercado leite e produtos provenientes do leite que não sejam de boa qualidade”, detalhou o deputado.
Além da aglutinação das normas, a preocupação dos parlamentares é, principalmente, com as normas de higiene, já que o queijo de coalho é o único queijo completamente cru. “O único queijo existente que é cru é o de coalho, por isso, qualquer bactéria pode contaminar o produto. Por estas razões, queremos montar uma estratégia com a Secretaria Estadual de Agricultura, a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro) e a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa)”, afirmou Dias.
Ainda conforme o parlamentar, a ideia é que “o Governo do Estado possa subsidiar esses pequenos laticínios que fabricam queijo de coalho para que eles tenham um melhor sistema de higiene”. “Para que os produtores possam ser efetivamente beneficiados, não podemos deixar de debater esse assunto. Além da questão da higiene, temos também de impedir a entrada de queijos clandestinos. Soubemos, por exemplo, que produtores de outros estados estão com planos de trazerem seus queijos a Pernambuco para venderem como se fossem produtores locais”, concluiu Romário Dias.
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