sábado, 13 de maio de 2017


A Polícia Civil investiga o caso de uma jovem de 19 anos que se fez vários cortes no próprio corpo,­ após participar do desafio do jogo Baleia Azul, criado na Rússia e que consiste em 50 desafios de dificuldades crescentes, com um "mediador", que induzem à automutilação e até o suicídio; pelo menos mais outros sete casos estão sendo investigados no estado

Pernambuco 247 - A Polícia Civil investiga o caso de uma jovem de 19 anos que se fez vários cortes no próprio corpo,­ após participar do desafio do jogo Baleia Azul, criado na Rússia e que consiste em 50 desafios de dificuldades crescentes, com um "mediador", que induzem à automutilação e até o suicídio. A mãe da garota notou ferimentos causados por navalha e estilete, e procurou a delegacia do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. De acordo com a polícia, a forma dos cortes é assustadora. De acordo com o delegado Joselito Kherle, este caso é o mais grave entre os oito já registrados em Pernambuco, porque a vítima estava na fase final do jogo.

"Acreditamos que a vítima se encontrava na fase final do jogo pela mensagem que identificamos dizendo para ela ir para um local mais alto que lá receberia a última prova", disse ele, em coletiva de imprensa. "Desde que descobriu, a mãe cortou todas as possibilidades de acesso dela a internet. E por isso a moça não tem mais diálogo com a família, cortou qualquer comunicação. Inclusive se recusou a fazer o exame traumatológico", disse Joselito.

Estão sendo investigados pelo menos mais sete casos de adolescentes que foram vítimas do jogo no estado. Policiais civis apuram cinco casos nas cidades de Recife, Paulista, Goiana e Vicência. Outros dois casos, em Moreno, Região Metropolitana, estão sendo investigados pela Polícia Federal.

Um dos criadores do jogo, o russo Philipp Budeikin, de 21 anos, afirmou que vê suas vítimas como “lixo biológico”. Preso e em julgamento por incitar o suicídio de 16 garotas, disse à polícia que estava “limpando a sociedade”.

O jovem recebeu várias cartas de amor de adolescentes na prisão, mas, conforme legislação, as autoridades não podem interceptar as cartas nem impedir que ele responda àquelas que fornecem um endereço. 

“Provavelmente, essas jovens que se apaixonaram por ele não estavam recebendo amor e atenção suficientes de seus pais”, disse a psicóloga Veronika Matyushina ao Daily Mail. “Foi assim que nasceu o sentimento romântico”.

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