segunda-feira, 23 de julho de 2018

Boulos diz que, se eleito à presidência, medidas de Temer serão revogadas

Em discurso de lançamento da candidatura de Guilherme Boulos, do PSOL, para presidente da República, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) disse que, se eleito, o primeiro compromisso a ser cumprido será anular atos do governo do presidente Michel Temer.

Entre as medidas a serem revogadas, Boulos citou a reforma trabalhista, o regime fiscal que estabeleceu um teto aos gastos públicos e as concessões de áreas de exploração de petróleo a grupos estrangeiros. São medidas que, segundo ele, fazem parte de uma agenda não escolhida pelo povo e que foi implementada pelo o que chamou de “quadrilha” comandada por Temer.

O candidato também defendeu o fim dos privilégios dos mais ricos, para garantir os direitos sociais de todos os brasileiros.

“Nós também temos um segundo desafio e esse desafio é enfrentar os privilégios daqueles que se acham donos do Brasil. Nós queremos sim, e vamos retomar um projeto que seja de desenvolvimento com emprego, com renda, com sérvios públicos de moradia, educação, moradia para todo nosso povo”.

No discurso, Boulos também deixou claro que não terá medo de defender temas como a legalização do aborto durante sua campanha. Aclamado pelos militantes como o “presidente que faz ocupação”, adiantou ainda que seu programa de governo inclui a desapropriação de prédios abandonados e a reforma agrária. Segundo ele, ‘o trabalhador pode morar em lugar bom também, e tem direito”.

A chapa liderada por Boulos, que tem a líder indígena Sônia Guajajara como vice, foi homologada na convenção nacional do PSOL em São Paulo. A candidatura tem o Partido Comunista Brasileiro (PCB) como aliado e foi classificada pela deputada Luiza Erundina, presente na convenção, como a única chapa de esquerda do país.

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