A Assembleia Legislativa instalou nesta segunda-feira (4) uma comissão especial com o objetivo de elaborar um plano hídrico para o semiárido pernambucano. O presidente da comissão será o deputado Rodrigo Novaes (PSD) e, o relator, o deputado Lucas Ramos (PSB). Ambos são sertanejos.
Segundo Novaes, há muitos anos se discute a situação do semiárido. “Muitas ações foram realizadas, mas sempre de forma pontual, dispersa e sem contexto. A ideia desta comissão é traçar diretrizes para garantir uma política pública permanente para região”.
Uma das pautas da comissão, disse o deputado, será a defesa da criação de uma empresa pública para gerir o abastecimento rural.
O secretário-executivo de Recursos Hídricos do Governo Estado, Guilherme Rocha, participou da reunião. “Estamos desenvolvendo ações que se coadunam com o objetivo desta comissão, a qual, sem dúvida, vai discutir um importante tema para o Estado”, disse ele.
Entre as atividades de sua pasta que poderão auxiliar a comissão, frisou o secretário, destacam-se o estudo do saneamento rural, o Plano de Gestão de Recursos Hídricos e o programa “PE 3-D” que consiste numa plataforma on-line de detalhamento tridimensional do território pernambucano.
Também compõem a comissão, como membros titulares, os deputados Claudiano Filho (PP), Socorro Pimentel (PTB) e Álvaro Porto (PTB). Diogo Moraes (PSB), Edilson Silva (PSOL), Eduíno Brito (PP), José Humberto Cavalcanti (PTB) e Tony Gel (MDB) são suplentes.
Socorro chamou a atenção do colegiado para a existência de áreas no sertão onde já foi feita a perfuração de poços artesianos, mas sem conclusão da instalação. “É importante mapear quais locais apresentam esse cenário porque a parte pendente é justamente a de maior custo”, disse ela.
Rodrigo Novaes convocou outra reunião para a próxima quarta (6), já com a participação do grupo de trabalho do colegiado.
“Estamos diante de uma nova perspectiva, com a transposição do rio São Francisco, que já está garantindo água para alguns municípios. Agora precisamos traçar metas, calcular prazos e custos para atingi-las, tornando o sertão auto-sustentável”, declarou Novaes.
As entidades que deverão ser representadas no grupo de trabalho são a Compesa, o IPA, a Federação Agrícola, o Prorural, o Dnocs, a Codevasf, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e a Secretaria de Agricultura.
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