quinta-feira, 19 de outubro de 2017

PE registra mais de 1 mil casos de sífilis transmitida da mãe para o filho em 2017

Até o dia 11 de setembro de 2017, Pernambuco registrou 1.022 casos de sífilis congênita, quando a transmissão ocorre da mãe para o bebê durante a gestação. Em todo o ano de 2016 foram 1.507 casos e em 2015, 1.363. A doença é de fácil diagnóstico e tem tratamento disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O ideal seria que toda mulher e seus parceiros sexuais fizessem o teste rápido da doença antes da gravidez. Contudo, diagnosticada durante a gestação, a enfermidade também tem cura, evitando a transmissão para a criança.

Para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) promove, nesta sexta-feira (20.10), das 7h às 9h, em parceria com a CBTU, distribuição de camisinhas masculinas e femininas, gel lubrificante e material informativo na Estação Central de Metrô do Recife, no bairro de São José. Também haverá um vídeo-debate no auditório da SES, das 10h às 11h30. As atividades são alusivas ao Dia Nacional de Combate à Sífilis, celebrado no sábado (21.10).

“A sífilis é uma doença de fácil diagnóstico e com tratamento disponível. Vivenciamos uma epidemia no Brasil e temos notado um aumento no número de casos​ no nosso Estado​. Por isso a necessidade de informar a população sobre o assunto e incentivar o uso de camisinha em todas as relações sexuais, maneira mais eficaz de evitar essa e outras infecções sexualmente transmissíveis”, afirma o coordenador do Programa Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids), François Figueiroa. Para ele, o aumento dos números também pode refletir a melhora na vigilância dos casos e a ampliação da oferta dos testes rápidos.

Para evitar os casos de sífilis congênita, o coordenador reforça a importância da testagem para sífilis e outras IST, como HIV, antes da gravidez. De acordo como Ministério da Saúde, todas as gestantes devem realizar teste para sífilis na primeira consulta, repetindo o teste no terceiro trimestre (em torno de 28 semanas) e no momento do parto.

“Sabemos que as mulheres procuram mais os serviços de saúde. Contudo, seus parceiros sexuais também precisam ser testados e tratados, para evitar o risco de recontaminação”, avisa Figueiroa. Ele também ressalta que, diagnosticada a doença, é preciso ter uma boa adesão à medicação. Na falta de tratamento, a criança pode nascer com sequelas, como surdez, cegueira e retardo mental.

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