terça-feira, 31 de outubro de 2017

Luciana Santos diz que o PCdoB não é contra empresário e sim contra a especulação

A deputada Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB, participou em Brasília de um café da manhã oferecido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) à bancada feminina da Câmara Federal e na ocasião deixou bem claro que seu partido não é contra empresário e sim contra o capital especulativo.

Ela defendeu a retomada da “reindustrialização” como forma de crescimento da economia nacional dizendo que “nenhum país do mundo pode falar de futuro” sem se inserir nesse contexto.

Disse também que embora seja importante a autossuficiência do Brasil na produção de alimentos, o país precisa avançar em outras áreas como fontes de energia renovável e a exploração de minérios, por exemplo.

A deputada criticou na ocasião a mudança (para maior) na Taxa de Juros de Longo Prazo aprovada pelo Congresso Nacional, por iniciativa do atual governo, para empréstimos contraídos no BNDES.

Segundo ela, esse debate não deve ser encarado sob o ponto de vista “ideológico” uma vez que países de economia capitalista como China, EUA e Alemanha mantêm bancos de fomento com taxas de juros diferenciadas.

“O que aconteceu no atual governo em relação ao BNDES é inaceitável. A Taxa de Juros de Longo Prazo existe desde os tempos de Sarney e perpassou vários governos porque era uma política de Estado. Por isso, enquanto eu falava na comissão especial da Câmara sobre este tema, percebi que concordando comigo estavam a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o senador José Serra (PSDB-SP), o deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) e o atual presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro. Isso só aumenta minha convicção do erro crasso desse governo”, disse a deputada pernambucana.

Segundo ela, “muitas vezes as pessoas acham que o Partido Comunista do Brasil é contra empresário, mas podem ter certeza de que isso não é verdade. Somos contra o capital especulativo que, para nós é o que há de pior não só no Brasil, mas no mundo todo. Não pode haver capital rentista que rola no mundo financeiro e que corresponde a três vezes mais que o PIB de uma nação. Nós defendemos é que a riqueza desses países seja sustentada pela produção, pelo trabalho e pelo desenvolvimento comum”, concluiu.

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